"Vida em família não é loteria, é aprendizado", afirma arcebispo de Londrina
Londrina (Terça-Feira, 13/08/2013, Gaudium Press) Nesta Semana Nacional da Família, que prossegue até o dia 17 deste mês, dom Orlando Brandes, arcebispo metropolitano de Londrina, no Estado do Paraná, escreveu um artigo sobre a família onde ele afirma que crer nesta instituição é necessário para o bem das pessoas e da sociedade, pois a família é a união entre um homem e uma mulher, consentimento público, amor duradouro, geração e educação dos filhos.
Segundo o prelado, temos muitas razões para crer na família porque ela é: instituição divina, uma lei natural que tem um instinto ancestral; a primeira instituição social; o berço e segurança da vida; patrimônio da humanidade, um tesouro do povo e uma benfeitora da sociedade. “A família é nosso segundo útero onde nascemos para a vida social, a cultura, a convivência, a educação. Aprendemos a ser cidadãos. A família humaniza a pessoa e a sociedade”, acrescenta.
Ainda de acordo com o arcebispo, o ser humano é um ser social e a primeira sociedade humana é a família, portanto, o homem é um ser familiar. Para ele, a família vem do coração de Deus, é formadora do coração humano e transformadora do coração do mundo. Dom Orlando destaca que carregamos dentro de nós um instinto familiar, e que a família está a serviço da vida, da educação e da convivência social, pois é nela que experimentamos o que é ser amado e aprendemos a mar, nela acontece o amor conjugal, filial, paternal, fraternal, social e religioso.
“Dizer família é dizer relação interpessoal, comunicação, reciprocidade, bem comum, lugar onde a pessoa é acolhida com inteireza, escola de capacitação e de superação das adversidades. Dizer família é dizer: generabilidade, alteridade, comunicação, convivência, confiança, reciprocidade. Vemos assim que a família é um tesouro que gera outros bens humanos, sociais paz e solidariedade. A família é a riqueza das nações e dos povos. É uma grande benfeitora da humanidade”, afirma.
O prelado também enfatiza que precisamos criar a “cultura da família”, civilização da família, a associação das famílias, pois, a família é o sustento da sociedade porque é lugar de crescimento da pessoa, de reciprocidade de sexo e de gerações, atenção aos outros e de partilha. Conforme dom Orlando, a família começa com o casamento e o casamento é o coração de um processo de preparação, porque para ser feliz os esposos devem ter: saúde psíquica, saúde relacional, estar perto um do outro e ter fé em Deus.
“Assim a família vai vingar, não fracassará. São os laços familiares que perpetuam o ser humano porque confere-lhe sobrevivência dupla. Sejamos amigos da família e falemos de sua beleza e seu valor. Para o bem da família cada um deve dar o melhor de si”, completa.
Por fim, o arcebispo ressalta que a família é uma comunidade, uma equipe onde todos têm funções e onde deve reinar o espírito de equipe. Ele acredita que para a dar certo é preciso saúde relacional, comunicação verdadeira, diálogo sincero e um constante aprendizado, pois ninguém nasce sabendo ser pai ou mãe, por exemplo. Para o prelado, é um aprendizado a vida inteira principalmente na missão de formar filhos como cidadãos éticos e cristãos autênticos.
Para que a família seja feliz, segundo dom Orlando, é preciso: fazer tudo o melhor possível; pensar tudo o que posso falar; fazer tudo bem feito; não pensar mal de ninguém; não se acomodar a ignorância e ao sofrimento; superar o egoísmo e o abuso do poder; não se desmotivar diante de obstáculos; corrigir e educar para a honestidade; ter sensibilidade pelas questões sociais; exclusão, pobreza, desigualdade social; cultivar o senso de justiça e a consciência social; não resignar-se diante dos fracassos e acreditar nas potencialidades.
“Vida em família não é loteria, é aprendizado onde se busca solução dos problemas em conjunto”, conclui o arcebispo.
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