Polônia celebra o vigésimo aniversário do fim do comunismo
Cracóvia (Segunda, 08-06-2009, Gaudium Press) A Polônia celebrou no fim da semana passada, nas cidades de Danzica e Cracóvia, o aniversário das primeiras eleições parlamentares democráticas no país, nas quais os poloneses disseram “Não” aos comunistas. O resultado de uma pesquisa feita pelo jornal polonês “Rzeczpospolita” revelou que das pessoas que mais tiveram influência na Polônia livre, as três primeiras são: João Paulo II, Lech Walesa (líder da do partido Solidarnosc e primeiro presidente democrático) e Aleksander Kwa?niewski (segundo presidente democrático na Polônia).
Em Danzica, Lech Aleksander Kaczynski, atual presidente da Polônia, ofereceu medalhas aos mais beneméritos ativistas do Solidarnosc. Depois, na sexta-feira, foi celebrada uma missa na praça da solidariedade pelo cardeal primado da Polônia, Józef Glemp.
Na homilia, monsenhor Leszek Glódz recordou: “Hoje, depois de trinta anos daquele momento, eu digo diante de todos que foi Ele, o Servo de Deus João Paulo II, Administrador de Nosso Senhor Jesus Cristo na terra, filho da nação polonesa, o Pai da nossa liberdade. O Pai da solidariedade polonesa.”
Em Cracóvia, no Pátio do Wawel, aconteceu o encontro dos jovens com os políticos, ao qual vieram como representantes: Angela Merkel da Alemanha, Václav Havel e Jan Fischer da República Tcheca, Iulia Timoschenko da Ucrânia, e autoridades também da Bulgária, Eslováquia, Hungria, Eslovênia, Lituânia e Estônia. Em seus discursos, todos ressaltaram que a queda do comunismo começou dez anos antes com a viagem do Papa eslavo à Polônia.
Donald Tusk, primeiro ministro polonês, agradeceu pela liberdade a João Paulo II, Don Popieluszko (capelão morto pelos comunistas há 25 anos) e Lech Wa??sa. “Ao Mal se deve responder com o Bem, à violência com a solidariedade. Se à violência se responde com a solidariedade, então a vitória será possível.” -disse Tusk.
Lech Walesa, histórico líder do Solidarnosc chamou o Papa Wojtyla de “o Presente para a Polônia”. Jan Fischer, primeiro ministro da República Tcheca, disse que o Papa foi o “Grande Aliado”. Dusani Caplovic, vice-primeiro ministro da Eslováquia, observou que seu país olhou com esperança a Polônia e que “o sinal de Papa João Paulo II foi realizado e a terra se transformou”.
Euro-deputados poloneses fizeram para essa ocasião uma camiseta especial com as cores da Polônia, branca com a data, em vermelho, de 4 de junho de 1989, e com um desenho do território do país feito de tijolos vermelhos com as palavras em inglês: “The Vote That Broke The Wall” (“o voto que rompeu o muro”).
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