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Pontifício Conselho da Pastoral para os Imigrantes defende “cultura verde” em congresso sobre turismo

Roma (Sexta, 05-06-2009, Gaudium Press) Foi concluída esta sexta em Roma uma reunião extraordinária de representantes europeus e mundiais sobre a ética no turismo. “A pastoral do turismo hoje, a quarenta anos do diretório ‘Peregrinans in terra'”, uma iniciativa do Pontifício Conselho da Pastoral para os Imigrantes e os Itinerantes, promoveu nos últimos dois dias discussões sobre o desenvolvimento de diferentes aspectos do turismo.

Ao final das discussões, foi redigido um documento que exprime a preocupação da Igreja com os “sinais consumistas e antissociais que ameaçam envaidecer os valores turísticos, bem como a necessidade de iniciativas contra a pobreza, o abuso de menores, o turismo sexual e outras formas de violência e de discriminação”.

O escopo da reunião era aproximar diferentes questões éticas pertinentes ao turismo de hoje. Segundo o presidente do Pontifício Conselho, cardeal Antonio Maria Veglò, “no que diz respeito ao turismo em geral, ao turismo a lugares cristãos e ao turismo de peregrinação”.

Participaram do encontro bispos e diretores nacionais da pastoral do turismo provenientes de 20 nações europeias, além de delegados da Conferências Episcopais da África, da América Latina e do Caribe e do Oriente Médio. Norberto Tonini, presidente do Escritório Internacional para o Turismo Social, reclamou a importância de um Código Ético mundial.

Francesco Frangialli, secretário geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), explicou que após um longo período de desenvolvimento, no qual as chegadas internacionais de turistas passaram de 50 milhões em 1950 para 924 milhões em 2008 (dos quais 488 somente na Europa), as cifras agora são menores por conta da crise econômica mundial. Segundo ele, no entanto, a indústria turística cresce de forma moderada, mas mais sólida e responsável, criando imensas riquezas e milhões de postos de trabalho. É importante, no entanto, atentar para a sustentabilidade.

“Corresponde a todos promover uma “cultura verde”. Tal escolha é tão importante quanto graves são as ameaças aos ecossistemas. Não apenas está em jogo a sobrevivência neste ventre materno comum – devastado pelas criaturas, manipulado em função de interesses particulares – mas está também em jogo o patrimônio futuro, o amanhã das gerações que virão, com as quais se deve selar um pacto de solidariedade”.

Durante os dois dias, na sede do dicastério no Palazzo San Calisto, ficou exposto também o volume que recolhe as intervenções do magistério pontifício e os documentos – de 1952 a 2008 – da Santa Sé sobre o tema. Dom José Brosel, encarregado deste setor específico no dicastério, disse que a coleção está disponível na Livraria Editora Vaticana também em formato de CD.

 

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