"Que a JMJ seja um recomeço", deseja arcebispo de Maringá
Maringá (Terça-Feira, 30/07/2013, Gaudium Press) “Uma jornada cheia de surpresas”, este é o título do mais recente artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Paraná, que esteve presente na Jornada Mundial da Juventude, encerrada no último domingo, no Rio de Janeiro. Ele conta que desde a chegada à cidade os participantes tiveram algumas surpresas: filas enormes para receber as credenciais e meios de transporte que não funcionaram.
No entanto, salienta o prelado, em meio às dificuldades logísticas e relacionadas ao tempo, fomos surpreendidos pela simpática e emocionante figura do Papa Francisco, que em todos os momentos contagiou pelo sorriso, pela simpatia, pela proximidade com todas as pessoas. Dom Anuar lembra que ele sua mensagem é de que o mais importante são as pessoas, principalmente as crianças, os enfermos e os jovens.
Na sua chegada disse: “Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: A paz de Cristo esteja com vocês!”
De acordo com o arcebispo, a maior riqueza está no coração humana que aceita Jesus Cristo. E o pontífice deixou clara a sua missão na JMJ: “Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações'”.
O prelado ainda avalia que em Aparecida não podia ser diferente, e que apesar da chuva e do frio ele soube se tornar um peregrino, romeiro de Nossa Senhora Aparecida. Para dom Anuar, ele deixa claro o motivo da sua visita ao santuário dizendo: “A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: mostrai-nos Jesus”.
“É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria. Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar à atenção para três simples posturas: conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria”, afirmou o Papa Francisco.
Dom Anuar ressalta também que o olhar carinhoso e alegre do Papa contagiou a todos. Na inauguração do Hospital São Francisco, por exemplo, sentindo a dor e sofrimento na recuperação de jovens ele disse: “Quis Deus que meus passos, depois do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, se dirigissem para um particular santuário do sofrimento humano, que é o Hospital São Francisco de Assis. Neste lugar de luta contra a dependência química, quero abraçar a cada um e cada uma de vocês – vocês que são a carne de Cristo – e pedir a Deus que encha de sentido e de esperança segura o caminho de vocês e também o meu. Abraçar. Precisamos todos de aprender a abraçar quem passa necessidade, como São Francisco”.
Por fim, o arcebispo de Maringá destaca que certamente as surpresas continuam, e que não somos ingênuos a ponto de pensar que um milhão de jovens serão todos verdadeiros discípulos de Cristo de uma hora para outra. “A semente foi semeada, os frutos virão todos ao seu tempo, O importante é continuar semeando. Que a JMJ seja para todos um recomeço, porque tudo depende de cada um e ao mesmo tempo dependemos em tudo de Deus”, conclui. (FB)
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