Papa deixa orientações aos Bispos da América Latina
Rio de Janeiro (Segunda-feira, 29-07-2013, Gaudium Press) Após a celebração da Santa Missa de Envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Papa Francisco reuniu-se com 45 membros do comitê de coordenação do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). A questão principal da mensagem foi a renovação da Igreja por meio da Missão Continental, resultada da 5º Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, realizada no ano de 2007 em Aparecida, São Paulo.
O Santo Padre deixou bispos do comitê orientados sobre o caráter missionário que se espera do discípulo de Cristo:
“O discípulo missionário não pode se possuir a si mesmo; a sua iminência está em tensão para a transcendência do discipulado e para a transcendência da missão. Não admite a auto-referencialidade: ou se refere a Jesus Cristo ou às pessoas a quem deve levar o anúncio dele”, disse o Papa.
Logo em seguida, o Papa citou o Documento de Aparecida, enfatizando que a Igreja deve permanecer como uma “Instituição”, e não como uma “Obra”:
“A Igreja é instituição, mas, quando se erige em “centro”, se funcionaliza e, pouco a pouco, se transforma em uma ONG. Então, a Igreja pretende ter luz própria e deixa de ser aquele “mysterium lunae” de que nos falavam os Santos Padres”, ressaltou o Santo Padre.
Em sua terceira orientação, o Pontífice falou sobre o distanciamento entre a Igreja e o povo da América Latina, dizendo que “existem muitas pastorais “distantes.”
“Há pastorais posicionadas com tal dose de distância que são incapazes de conseguir o encontro: encontro com Jesus Cristo, encontro com os irmãos”, afirmou o Papa.
No final do seu discurso, o Papa Francisco enfatizou que os bispos precisam ter o caráter de “guiar”, e não de “comandar” seu rebanho, sendo “servidores do Povo de Deus”:
“Os Bispos devem ser Pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misericordiosos”, concluiu. (LMI)
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