"Nada daquilo que nós acumulamos, vamos levar para a eternidade", afirma o Bispo de Novo Hamburgo
Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (Sexta-Feira, 26/07/2013, Gaudium Press) Dom Zeno Hastenteufel, bispo da Diocese de Novo Hamburgo, no Estado do Rio Grande do Sul, em um de seus mais recentes artigos, afirma que é sempre uma bênção quando chegamos ao mês de agosto e começarmos a pensar e rezar pelas vocações.
Segundo o prelado, a Igreja dedica uma mês inteiro ao tema, podendo-se assim abordar com mais facilidade todos os ângulos da temática vocacional nos dias atuais. Dom Zeno ressalta que, antes de tudo, no Ano da Fé, é preciso esclarecer que “Deus nos criou, que nossa alma imortal é obra das mãos de Deus.”
“Assim, como o Gênesis descreve a criação humana, em dois tempos, com a participação do material pré existente e o sopro de vida, assim, precisamos entender a nossa criação. É claro que, na concepção do ser humano, concorre o óvulo da mulher, mais a semente de vida que vem do homem e a participação de Deus, com uma alma humana imortal neste novo ser criado”, avalia.
Ainda de acordo com o Bispo, é pela fé que nós sabemos que, “se Deus cria uma pessoa humana, um ser racional, com uma alma humana, Ele já tem um plano a respeito desta criatura.” Os profetas tinham esta convicção: “Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia, antes de saíres do ventre, eu já te consagrei e te fiz profeta das nações” (Jer 1,5).
Dom Zeno questiona sobre o que teria acontecido com este Jeremias, se ele durante toda a sua vida não tivesse descoberto a sua vocação. Para ele, não teríamos o profeta e ele teria feito falta no mundo em que viveu.
O Bispo destacou que, no primeiro domingo de agosto, a Igreja reflete sobre a vocação sacerdotal. Conforme ele, existe um verdadeiro chamado de Deus para alguns de seus filhos: todos aqueles que se sentem bem em estar na paróquia, perto do padre, junto ao altar, quem fica feliz em poder ajudar na missa, ou em outras atividades da paróquia.
“Enfim, quem gosta de rezar, de participar da missa, mas também tem entusiasmo pelo estudo, e procura sempre participar de todas as atividades religiosas de sua comunidade. Estes são todos sinais indicativos. Podem sugerir que há uma vocação para a vida sacerdotal. Seria bom conversar com o padre e pedir uma orientação mais segura”, aconselha Dom Zeno.
A liturgia do domingo do dia 4 de agosto, de acordo com o Bispo de Novo Hamburgo, nos coloca o real motivo pelo qual muitos descartam a vocação sacerdotal ou religiosa. Para ele, o motivo são as vaidades de que nos fala a primeira leitura. De fato, o mundo nos apresenta tantos tipos de vaidade que o texto do Eclesiástico chega a dizer: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade” (Ecl.1,2).
“Estas vaidades é que nos arrastam para a busca dos bens materiais. No mundo em que nós vivemos a grande maioria das pessoas só pensa em trabalhar, em ganhar e ganhar sempre mais. Depois, as fortunas ficam por aí, disputadas entre os herdeiros, causando brigas e inimizades. É certo que nada daquilo que nós acumulamos, vamos levar para a eternidade”, concluiu. (FB)
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