JMJ: o Documento de Aparecida
Rio de Janeiro (Quarta-feira, 24-07-2013, Gaudium Press) O Padre Frederico Lombardi, porta-voz da Santa Sé Apostólica de Roma, afirmou que o documento final da V Conferência Episcopal da América Latina e Caribe (Celam), conhecido como “Documento de Aparecida”, oferece chaves para entender os temas relacionados a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Padre Frederico Lombardi | Foto: Reprodução |
O tema da conferência era “Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que neles nossos povos tenham vida.” O Papa Francisco, então Cardeal de Buenos Aires, realizou a coordenação dos trabalhos do grupo responsável pela elaboração do texto final, reunindo as contribuições dos membros da Igreja da América Latina.
O documento, aprovado no Santuário de Aparecida em 29 de maio de 2007, está dividido em cinco partes: “Jesus, caminho, verdade e vida”, “Chamados a seguir Jesus”, “O envio missionário da Igreja”, “Discípulos missionários a serviço da vida” e “Um continente de vida, amor e paz” e mostra claramente a posição missionária da Igreja na América Latina, bem como presente no lema da Jornada: “Ide e fazei discípulos em todas as nações” (Mt 28-19).
Sendo assim, o documento e a JMJ são considerados um convite aos fiéis para que venham viver a coerência da fé e o pertencimento a comunidade cristã “em um mundo que promove o consumismo e desfigura os valores que dignificam o ser humano.”
Da mesma forma lembrada pelo Papa, em sua chegada ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 22, ao declarar que gostaria de falar para toda a sociedade sobre o porque os jovens não são uma categoria em si mesmo, mas considerados parte da sociedade.
De acordo com o documento, ser missionário é, sobretudo, “ser divulgador de Jesus Cristo com criatividade e audácia em todos os lugares em que o Evangelho não foi suficientemente anunciado e acolhido, em especial, nos ambientes difíceis e esquecidos nas fronteiras mais distantes”.
A Jornada e o Documento de Aparecida opõem-se a cultura de desperdício e exclusão, sendo a JMJ uma demonstração latente da cultura de inclusão e encontro, de respeito pela criação, mostrado na diversidade social e cultural presente entre os jovens participantes do evento que acolhe o Papa Francisco.
Segundo o documento, a exigência missionária é vista como convite dirigido aos cristãos do continente para protagonizarem a construção de um mundo mais justo e solidário, sugerindo uma opção preferencial e evangélica pelos pobres.
O documento revela que a Igreja, plenamente mobilizada para promover a cultura de paz e honestidade, traçou o objetivo de lutar contra as formas mais distintas de violência, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, baseado na distribuição justa da riqueza e dos bens em toda a sociedade.
A Jornada Mundial da Juventude e seus eventos são tidos no documento como uma amostra do empenho e esforço da Igreja na defesa dos menos favorecidos, sobretudo, dos enfermos, pobres, jovens em risco, presos e imigrantes.
Finalizando o Documento de Aparecida, a JMJ reflete o empenho da Igreja em garantir o direito dos povos, defendendo e promovendo “os valores em todos os estratos sociais”, resumindo que a Jornada é vista como uma celebração de vida e paz, de justiça e de esperança, constituída de uma expressão prática da mensagem de Aparecida. (LMI)
Com informações rio2013.com
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