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O crescente papel das redes sociais na luta pró-vida nos EUA

Austin – Estados Unidos (Quinta-feira, 18-07-2013, Gaudium Press) Uma manobra legislativa de bloqueio -que nos Estados Unidos é designada como obstrucionista- levada adiante pela senadora democrata do estado americano do Texas, Wendy Davis, buscava impedir que se aprovasse um projeto de lei que proibia os abortos depois da 20ª semana de gestação.redes_sociais_vida.jpg

Entretanto, o projeto foi aprovado em uma sessão legislativa especial neste mês de julho, convocada pelo governador do Texas, Rick Perry. A aprovação desta lei ocorria enquanto milhares de ativistas pró-vida inundavam o Capitólio estatal em Austin, manifestando seu apoio a proibição abortiva.

É certo que um conteúdo prévio da manobra obstrucionista, mostrava que a aprovação do projeto parecia garantida. Mas os pró-vida não quiseram deixar nada ao acaso, e quando o governador Perry convocou a sessão especial, eles se focaram no ativismo através das redes sociais para garantir o bom resultado.

“Um fator decisivo no êxito deste projeto de lei foi a ‘energização’ das bases, especialmente os jovens, cuja maioria eram mulheres, através das redes sociais”, assinalou Joe Pojman, diretor executivo da Aliança do Texas pela Vida.

Igualmente se lançou uma campanha via Twitter “para envergonhar os meios de comunicação tradicionais e assinalar que não estavam dando ao caso Gosnell a atenção que merecia”, afirmou Jeffrey Patterson, diretor executivo da Conferência Católica do Texas. O caso Gosnell é a condenação de um abortista que havia assassinado crianças pouco depois de nascer, após abortos falidos. Patterson também ressaltou que os pró-vida texanos utilizaram o Twitter para comunicar-se com suas ‘tropas’ e combater a campanha de desinformação sobre o projeto.

2013, um ano de restrição ao aborto

O ano de 2013 pode ser qualificado como um muito exitoso ano na restrição ao aborto nos Estados Unidos.

Em Ohio, uma lei assinada no princípio deste mês pelo governador republicano John Kasich, incluiu disposições pró-vida que identificam a uma criança não nascida como “um indivíduo humano não nascido” e indica aos médicos que realizam abortos que devem explicar o que esse procedimento implica para seus pacientes, incluindo os riscos médicos e a “provável idade gestacional do embrião ou do feto”.

Em Wisconsin, o governador republicano Scott Walker afirmou a “Lei de Sônia”, que obriga que se pergunte às mulheres que querem abortar se desejam ver seus filhos não nascidos na ultra-som. O projeto de lei também estabelece que os médicos que realizam abortos tenham ‘privilégios de admissão’ (admitting privileges) em um hospital dentro de 30 milhas de sua prática.

O governador de Carolina do Norte, Pat McCrory, se comprometeu a assinar um projeto de lei que torne mais exigentes as regulações estatais para os provedores do aborto.

Esta explosão da legislação pró-vida é explicada, segundo Jeffrey Patterson, por uma maior consciência nos norte-americanos de que “a vida é criada no momento da concepção”, o que levou a que nas últimas eleições, a presença de legisladores pró-vida a nível estatal tenha aumentado. (GPE/EPC)

Com informações da National Catholic Register.

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