“Somos convidados a reafirmar o compromisso de bem acolher os migrantes”, afirma o bispo de Santa Cruz do Sul
Santa Cruz do Sul (Segunda-Feira, 24/06/2013, Gaudium Press) Ontem, dia 23 de junho, comemorou-se o Dia Nacional do Migrante. E este foi o tema usado por Canísio Klaus, bispo da diocese de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, em seu mais recente artigo. O prelado explica que o tema – Migrações e Juventude – está em sintonia com a Campanha da Fraternidade e é ótimo subsídio preparatório para a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em julho, na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com o bispo, o tema das migrações é muito caro para o povo da diocese, grande parte da população local tem sua origem nas migrações ocorridas no fim do século XIX, quando os antepassados abandonaram seus lares na Europa e vieram em busca de um futuro melhor nas margens dos rios Taquari, Pardo, Jacuí, e seus respectivos afluentes.
Dom Canísio ainda afirma que, recentemente, a migração ganhou novos contornos com o êxodo rural e o crescimento da população urbana. E segundo ele, com isso acompanhamos o fenômeno do fechamento de comunidades na zona rural e a contínua necessidade de abrir novas comunidades nas áreas urbanas.
“Na prática, são poucos os moradores da região que não sofreram algum impacto com a migração, o que torna atual, para nós, as palavras de Bento XVI: ‘Os fluxos migratórios são um fenômeno impressionante pela quantidade de pessoas envolvidas, pelas problemáticas sociais, econômicas, políticas, culturais e religiosas que levanta, e pelos desafios dramáticos que coloca à comunidade nacional e internacional'”, acrescenta.
O prelado também lembra a afirmação do Texto-Base da Semana do Migrante, que diz que muitos jovens são forçados a migrar em busca de acesso à educação e ao trabalho. “Submetidos às influências culturais, sociais e econômicas diversas, estampam no rosto, na roupa, no comportamento e na linguagem o esforço para encontrar e garantir o seu espaço, os seus direitos, a tentativa de adequar-se ao meio que lhes é estranho e, ao mesmo tempo, conservar a própria identidade”.
Por isso, a Igreja nos convida “a refletir na caminhada da juventude, em seu compromisso com a construção da sociedade do Bem Viver, em sua participação e capacidade de ampliar os espaços de deliberação e controle social das políticas públicas”, conforme documento da Semana do Migrante.
Por fim, o bispo destaca que por ocasião do Dia do Migrante, que foi celebrada junto com as festividades de São João Batista, o padroeiro da diocese de Santa Cruz do Sul, reafirmamos o compromisso de bem acolher os migrantes que chegam, oferecendo-lhes nosso apoio. “Particularmente oferecemos este apoio aos jovens que se vêm forçados a deixar amigos e familiares em busca da realização de seus sonhos! Que Maria, a mãe de Jesus, os proteja, e São João Batista, o profeta do Altíssimo, os anime”, conclui. (FB)
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