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"A Igreja leva cada fiel a aprofundar sua fé em Jesus Cristo ressuscitado", afirma o arcebispo de Porto Alegre

Porto Alegre (Segunda-Feira, 17/06/2013, Gaudium Press) O arcebispo metropolitano de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, dom Dadeus Grings, escreveu em seu mais recente artigo sobre a “missão da Igreja”. No começo de sua reflexão ele afirma que o Concílio Vaticano II, realizado há 50 anos, mostrou a Igreja por dentro e por fora, apontando o que ela é em si, definida como mistério que forma o Povo de Deus; e o que faz no mundo, como inculturação na sociedade humana.dadeus_dom.jpg

De acordo com o prelado, é possível apontar seis grandes temas de ação da Igreja no mundo. Ele explica que a primeira missão da Igreja é evangelizar, pois Cristo a fundou sobre o alicerce dos Apóstolos para ir pelo mundo inteiro e pregar o Evangelho. Isto, segundo dom Dadeus, significa que ela tem algo importante a comunicar, garantindo que o mundo não está perdido, mas salvo por Jesus Cristo.

“Algo de bom aconteceu que deve ser anunciado a todos, para que possam usufruir destes benesses. Por isso a Igreja se serve de todos os meios de comunicação para fazer chegar esta Boa Nova à humanidade inteira.”

O arcebispo continua afirmando que a segunda missão chama-se sacramentalização, porque não basta anunciar o Evangelho. Para o prelado, a Palavra de Deus não cai na terra sem produzir frutos, e a Igreja é o grande sacramento da salvação, pois recebeu sete sinais para levar a graça divina aos fiéis.

“Deve, pois, batizar para unir as pessoas a Deus, congregando-as na família eclesial; celebrar a Eucaristia, para as alimentar e reunir em torno do Sacrifício de Cristo; perdoar, em nome de Cristo, os pecados, reconciliando-as com Deus; unido-as em matrimônio para a propagação do gênero humano e para a vida a dois; ordená-las para o ministério; ungi-las para a missão e para a sepultura”, completa.

Já a terceira missão, conforme dom Dadeus, leva a formar comunidades, pois ninguém pode ser cristão a sós, há uma vida a partilhar. O arcebispo ressalta ainda que a comunidade paroquial reúne os fiéis numa convivência baseada na fé, esperança e no amor e constitui, por assim dizer, uma antecipação da glória futura.

O prelado destaca também a quarta missão, que é a moralização dos costumes e que a Igreja desenvolve com esmero ao longo dos tempos. Para ele, esta missão visa à santidade de seus fiéis, garantindo que a fé sem obras é morta. “Resume a lei de Deus no duplo mandamento: de amar a Deus e ao próximo. Mas desenvolve também amplo tratado, tanto de teologia moral como de doutrina social, orientando, com intensa pregação, os fieis na vida prática, pessoal e social”, avalia.

Dom Dadeus não esqueceu uma quinta missão, que é a de socorrer os necessitados. O arcebispo lembra que Jesus deixou este legado: tudo o que fizerdes ao menor de meus irmãos é a mim que o fazeis. Segundo ele, a Igreja se esmerou em montar grandes obras de assistência, desde escolas em todos os níveis até hospitais e pastorais de saúde para ir ao encontro dos doentes, como ainda obras sociais, mostrando que a pastoral social constitui uma profunda evangelização.

Por fim, dom Dadeus enfatiza que, acima de tudo, como sexta missão, a Igreja leva cada fiel a aprofundar sua fé em Jesus Cristo ressuscitado, a confirmar sua esperança que proporciona a alegria da peregrinação rumo ao céu; e incentivar a caridade, como vínculo da perfeição, pelo amor ao próximo como Cristo o ama. “Quem ama conhece Deus, porque ele é amor”, conclui. (FB)

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