Porto Alegre sediou a 10ª Assembleia da Ação Evangelizadora do Regional Sul 3
Porto Alegre (Sexta-Feira, 14/06/2013, Gaudium Press) O Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que abrange as 18 dioceses do Rio Grande do Sul, reuniu-se na Casa de Oração São João da Cruz, em Porto Alegre, para a 10ª Assembleia Regional da Ação Evangelizadora, nos dias 7 e 8 de junho. O encontro promoveu o estudo e o acompanhamento das prioridades regionais e as urgências nacionais da Igreja à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora.
Participaram da assembleia os bispos do Rio Grande do Sul, secretário executivo, coordenadores diocesanos de pastoral e equipes dos coordenadores regionais dos serviços e setores de evangelização, presidência da Conferência dos Religiosos do Brasil, representante da Conferência Regional dos Institutos Seculares, vigários judiciais do Tribunal Eclesiástico de 2ª e 1ª instâncias das províncias eclesiásticas, coordenadores dos movimentos eclesiais, padres, diáconos e leigos das quatro arquidioceses e 14 dioceses que compõem o regional.
Conversão Pastoral e Reorganização Eclesial para a Missão, e Formação Inicial e Permanente à Vida Cristã, duas das quatro prioridades regionais, foram os temas abordados durante os dois dias de encontro. Para orientar o debate e a reflexão, a assembleia contou com a assessoria do secretário geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Ulrich Steiner; e dom Jacinto Bergmann, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, e arcebispo da Arquidiocese de Pelotas.
No primeiro dia de encontro, dom Leonardo refletiu sobre “A Conversão Pastoral e Reorganização Eclesial para a Missão”, destacando que a Igreja precisa e deve estar sempre em movimento, na busca pela evangelização. O prelado afirmou que o encontro com Jesus é fundamental para a conversão pastoral, e que ele nasce na gratuidade. Além do que, segundo dom Leonardo, a missionariedade é somente possível através desse encontro.
Ainda de acordo com o bispo, a dinâmica da transformação, do estar sempre a caminho e nunca satisfeito para alcançar a conversão em Cristo, deve fazer parte da vida de todo cristão. Ele acredita na participação efetiva dos leigos como instrumento importante na evangelização, pois a renovação eclesial pretendida para a Igreja passará pelo papel atuante dos leigos. Ao final de sua reflexão, o prelado mostrou o legado teológico de Bento XVI, para suscitar uma nova perspectiva na hora de proclamar o Evangelho.
Já no segundo dia da assembleia, a temática “Formação Inicial e Permanente à Vida Cristã” foi abordada por dom Jacinto, que observou que a iniciação à vida cristã está se tornando prioridade, mas é preciso estar atento para que ela seja uma formação baseada na ação e diluída de fragmentação. Segundo o arcebispo, a crise de identidades, valores, relações humanas e do eu cultural contribui para um esvaziamento da fé e relativismo religioso. Por isso, ele avaliou que é necessário um novo ardor na educação da fé, na promoção da esperança e na vivência do amor.
Em seguida, dom Jacinto fez um apanhado sobre a história da Igreja de Cristo e recordou que as arquidioceses/dioceses (igrejas particulares) do Regional Sul 3 são formadas por uma rede de paróquias (igrejas paroquiais), acrescentando que a comunidade dos primeiros discípulos missionários deve ser a inspiração para a formação inicial e permanente à vida cristã.
Com relação à missionariedade, tema já discutido por dom Leonardo, o arcebispo de Pelotas reforçou que deve-se buscar a redescoberta e construção do ser e viver, com o objetivo de impregnar uma formação embasada no discipulado e não na informação. Para dom Jacinto, fé, esperança e caridade são os três pilares da Igreja de Jesus Cristo que devem conduzir o processo. Durante a sua explanação, o prelado ainda citou diversos documentos eclesiais como o Porta Fidei (Porta da Fé) do Papa Emérito Bento XVI.
Dom Jacinto afirmou que após o Concílio Vaticano II a formação cristã se vê diante de grandes desafios, em razão do surgimento de novas compreensões sobre a sua prática: a educação da fé antropológica e existencial, o primado da evangelização, a dimensão sociopolítica, o estilo catecumenal, o rápido desenvolvimento da comunicação social e a prioridade concedida aos adultos, entre outras questões. Para o arcebispo, esta situação torna urgente a necessidade de repensar o agir pastoral da formação cristã.
Para finalizar, o prelado anunciou que está sendo elaborado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética um Itinerário Catequético, que consiste em um processo de Iniciação à Vida Cristã com Inspiração Catecumenal. (FB)
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