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Pregar o Evangelho supõem alertar sobre o pecado, adverte Arcebispo argentino

Corrientes – Argentina (Sexta-feira, 14-06-2013, Gaudium Press) Em um comentário à leitura do Evangelho correspondente ao último domingo, 9, Dom Domingo Salvador Castagna, Arcebispo Emérito de Corrientes (Argentina), recordou a necessidade de explicar o verdadeiro sentido do pecado a uma cultura que parece haver esquecido dele. “Parece que se procura intencionalmente eliminar do vocabulário vigente o termo ‘pecado'”, alertou o prelado.

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Dom Domingo Salvador Castagna,
Arcebispo Emérito de Corrientes
(Argentina)

“Há muitos anos, o Venerável Papa Pio XII introduziu em seu ensinamento uma afirmação assustadora”, comentou Dom Castagna: “Os homens e mulheres de nosso tempo perderam o sentido do pecado”. O tema foi abordado pelo Arcebispo emérito em sua explicação sobre o milagre obrado por Nosso Senhor Jesus Cristo ao ressuscitar o jovem filho da viúva de Naím. Após explicar que o Evangelho relaciona o pecado com a morte eterna, o prelado ofereceu seu diagnóstico sobre a sociedade atual. “Se há sessenta anos o mundo estava nessas condições, quanto mais o está agora!”

O pecado é, nas palavras do Arcebispo emérito, “o produto imediato do mal uso da liberdade e, pela mesma razão, aparece contraposto ao amor verdadeiro”. Essa realidade, “como negação da autêntica vida, invadiu os espaços mais significativos de nossa moderna sociedade”. Sem embargo, a cultura atual pouco considera o pecado e suas graves consequências e “confunde a vida com a morte”.

“Se se prega o Evangelho”, advertiu Dom Castagna, “não se pode ocultar este incômodo conceito: o pecado é a morte da alma. É preciso que o exclua da vida pessoal e social”. As tentativas do homem para viver em situação de pecado e buscar a felicidade fora de sua fonte genuína em Deus foram comparados pelo prelado com o cortejo fúnebre que acompanhava o jovem morto no relato do Evangelho.

A esperança cristã vislumbra outra alternativa para o homem, se ele se abre a uma autêntica conversão: “A compaixão de Deus, manifestada em Jesus, deterá esse cortejo para resolver o drama daqueles que não vislumbram ainda outra meta que o cemitério”, comentou o Arcebispo emérito. “Ao celebrar o Mistério pascal, a Igreja, como humanidade reconduzida por Cristo ao Pai, recobra a esperança de vencer a morte do pecado e de encontrar a Vida para sempre.” (GPE/EPC)

Com informações da AICA.

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