O milagre Eucarístico de Alkmaar
Amsterdã – Holada (Terça-feira, 21-05-2013, Gaudium Press) – Corria a primeira década do século XV . Na cidade de Alkmaa, localizada na província da Holanda do Norte, Países Baixos, vivia o jovem Folquert. Os pais ricos pagavam-lhes os estudos porem, de temperamento rebelde, preferia esconder-se para se entregar a bebedeiras e jogos de azar.
As tantas, para satisfazer o seu temperamento fogoso, ingressou no exercito de Jacobo de Baviera e em 1414 participou da batalha de Hoorn quando matou muitíssima gente. Depois deste episodio, talvez atormentado pela sua má conduta, o jovem decidiu voltar aos estudos, porem desta vez com o objetivo de tornar-se sacerdote.
No primeiro dia de maio d 1429, celebra a sua primeira missa na Igreja de São Lourenço em Alkmaar. Estava muito nervoso, considerava-se sacerdote indigno porque jamais revelara aos seus superiores o fato de que havia matado muita gente com o medo de que talvez uma vez revelado este segredo se recusassem a ordená-lo.
Depois da consagração, ao tomar o sangue de Cristo, deixou cair 3 gotas deste na casula que a deixaram-na com manchas sangue. Ainda mais nervoso, ao fim da missa na sacristia, recortou o pedaço do tecido manchado, tentou queimá-lo mas milagrosamente o fogo recusava-se a destruí-lo. Finalmente escondeu o tecido manchado detrás do altar.
Alguns anos depois um capitão de navio enfrentava uma tempestade violenta perto da costa. Sentia ele que certamente o navio afundaria morrendo assim todos os tripulantes. No meio da angustia apareceu-lhe um anjo que lhe contou o milagre ocorrido em 1429 e que se ele prometesse revelar o local onde estava a relíquia escondida ao pároco da igreja, o anjo o salvaria da tempestade. E assim o fez.
O pároco encontrou o tecido, relatou o fato ao bispo de Utrecht o qual declarou a autenticidade do milagre e para que tão preciosa relíquia fosse devidamente venerada mandou forjar um anjo de prata que segura nas mãos o pedaço da casula.
Depois de 1566 as autoridades municipais protestantes proibiram o culto católico das relíquias. Para evitar que fosse profanada, ou destruída, esteve escondida durante muitos anos até que por volta de 1885 o bispo de Haarlem, Mons. Gaspar Bottemanne, retomou a veneração da Santa relíquia Em 1902 foi feito uma nova imagem do anjo, desta vez em prata de melhor qualidade.
A partir de então a relíquia fica exposta todos os domingos aos olhos dos fiéis num altar lateral da igreja, conhecido como o Santo Altar do Sangre Consagrado. (J)
Aldo Leone – Gaudium Press – Amsterdã
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