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Basílica de São Paulo Extramuros: uma das maravilhas da Cidade Eterna

Roma (Segunda-feira, 20-05-2013, Gaudium Press) A mais de 10 quilômetros da Basílica de São Pedro, fora das muralhas de Roma, e muito próximo à “Le Tre Fontane” -As Três Fontes-, onde São Paulo foi martirizado, se encontra uma das maravilhas da Cidade Eterna: A Basílica de São Paulo Extramuros, uma das Basílicas Papais de Roma visitada anualmente por milhares de peregrinos.

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Construída como uma pequena Basílica na primeira metade do século IV, por desejo de Constantino, sobre o lugar onde se crê, por tradição, que se encontra a Tumba do Apóstolo Paulo -que foi decapitado entre os anos 65 e 67 por Nero, Imperador romano-, a igreja é a segunda maior construção, logo depois da Basílica de São Pedro.

Consagrada pelo Papa Silvestre no ano 324, o templo foi reformado e ampliado deviso ao incremento no número de peregrinos que chegavam ao lugar para venerar o “Apóstolo dos gentios”. É assim que entre os anos 384 e 395, com os imperadores Teodosio, Valentino II e Arcadio, a Basílica é reformada e ampliada.basilica_1.jpg

Com o passar dos anos, os Papas embelezaram a Basílica acrescentando-lhe importantes obras arquitetônicas e artísticas, como é a fortificação levantada contra as invasões dos finais do século IX, assim como a porta bizantina do mesmo século, o campanário, o Claustro dos Vassalletto, os mosaicos da fachada de Pietro Cavallini e o imponente Candelabro Pascal de Nicola d’Angelo e Pietro Vasalletto, que está decorado com baixo relevos de estilo românico, mede aproximadamente seis metros de altura e sustenta o Círio Pascal todos os anos.

O incêndio de 1823

Uma tragédia marcou a história da Basílica de São Paulo Extramuros: o incêndio ocorrido no dia 15 de julho de 1823 que destruiu grande parte do único testemunho então presente de épocas anteriores.

Mas graças ao interesse histórico que a igreja tinha, assim como o grande valor espiritual, logo se conseguiu sua restauração com grande parte dos elementos que se salvaram após a conflagração. Alguns anos depois, no ano de 1849, o Papa Gregório XVI consagrou o altar da Confissão.

As reformas continuma e no ano de 1928 é acrescentado o pórtico com as 150 colunas. Hoje a Basílica é todo um complexo extra territorial que é administrado por um Arcipreste, segundo ficou determinado no “Motu proprio” do Papa Emérito Bento XVI do dia 30 de maio de 2005. O complexo também conta com uma antiquíssima abadia beneditina que foi edificada contigua à Tumba do Apóstolo Paulo pelo Papa Gregório II.

É tal a sua beleza, que a Basílica foi incluída, no ano de 1990, na lista do Patrimônio da Humanidade na Europa.

Sua festividade principal ocorre no dia 25 de janeiro, quando se comemora a conversão de São Paulo.

As correntes de São Paulo

Entre a tumba de São Paulo -onde milhares de peregrinos acodem anualmente para pedir a intercessão do Apóstolo- e o Altar Papal, a Basílica guarda um tesouro espiritual: as correntes do Santo Apóstolo.

Uma antiquíssima tradição diz que nove elos, que hoje estão conservados em um relicário de bronze dourado, faziam parte da corrente com a qual São Paulo permaneceu detido enquanto vivia seu cativeiro em Roma antes de ser decapitado.

As correntes, que permanecem visíveis para aqueles que visitam a Basílica, são hoje uma importante relíquia conservada no complexo Papal.

Com informações de basilicasanpaolo.org

Fotos: Gaudium Press / Sonia Trujillo

Tradução Emílio Portugal Coutinho

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