Nova Trento comemora canonização de Santa Paulina: 11 anos
Nova Trento (Segunda-Feira, 20/05/2013, Gaudium Press) No último domingo, dia 19 de maio, o Santuário Santa Paulina, de Nova Trento, no Estado de Santa Catarina, celebrou os 11 anos de canonização da primeira santa que viveu e santificou-se no Brasil.
Em 19 de maio de 2002, o Papa João Paulo II reconhecia a santidade de Amábile Lúcia Visintainer, a imigrante trentino-italiana, da cidade de Vigolo Vattaro, que se estabeleceu no Brasil e iniciou na cidade catarinense um trabalho de evangelização que ganhou o mundo.
Para comemorar o data, o santuário realizou missas em ação de graças nos horários das 6h, 8h, 10h, 14h e 16h. A primeira celebração eucarística do dia e a das 10h foram transmitidas ao vivo pela TV Aparecida. Ainda em homenagem a santa, houve uma peregrinação da cidade de Brusque até Nova Trento. Foi a 17ª caminhada da Fé, onde os devotos percorreram cerca de 24 quilômetros até o Santuário Santa Paulina, em uma verdadeira demostração de fé e esperança.
De acordo com os organizadores, esta caminhada ocorre todos os anos, sempre no 3º domingo de maio, reunindo aproximadamente 1 mil pessoas. Na chegada ao Santuário, os romeiros participaram da celebração eucarística das 14h.
Santa Paulina
Nascida no dia 16 de dezembro de 1865, em Vígolo Vattaro, Trentino Alto Ádige, Norte da Itália recebeu o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Imigrante italiana radicada no Brasil desde os 9 anos, Santa Paulina adotou o Brasil como sua pátria e os brasileiros como irmãos. Aos 12 de julho de 1890 com sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Em 1894, a congregação se transfere para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira.
Em 1903, Santa Paulina foi eleita, pelas Irmãs, superiora geral, por toda a vida. Nesse mesmo ano, deixou Nova Trento para cuidar dos ex-escravos idosos e crianças órfãs, filhas de ex-escravos e pobres no Ipiranga, em São Paulo. Em 1909, a Congregação cresce nos Estados de Santa Catarina e São Paulo. As Irmãs assumem a missão evangelizadora na educação, na catequese, no cuidado às pessoas idosas, doentes e crianças órfãs.
Nesse mesmo ano, Santa Paulina é deposta do cargo de Superiora Geral pela autoridade eclesiástica e enviada para Bragança Paulista, a fim de cuidar de doentes e asilados, onde testemunha humildade e amor ao Reino de Deus durante nove anos. Em 1918, Santa Paulina é chamada a viver na sede Geral da Congregação, onde testemunha uma vida de santidade e ajuda na elaboração da história da congregação.
Ela morre aos 77 anos, na Casa Geral em São Paulo, em 9 de julho de 1942, com fama de santidade; pois viveu em grau heroico as virtudes de fé, esperança e caridade e demais virtudes.
Beatificação e Canonização
O primeiro milagre foi registrado em Imbituba (SC), no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita e duradoura de Eluíza Rosa de Souza que, estando grávida, sofreu a morte intrauterina do feto e sua retenção por alguns meses; houve extração com instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque irreversível.
Após análise do caso no processo científico e teológico, foi comprovado o milagre, sendo ratificado pelo Santo Padre, aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos, levando Madre Paulina à condição de beata.
Já o segundo milagre comprovado ocorreu com a menina Iza Bruna Vieira de Souza, de Rio Branco (AC). Ela nasceu com má formação cerebral. No 5º dia de vida, foi submetida, embora anêmica, a uma cirurgia e, depois de 24 horas, apresentou crises convulsivas e parada cardiorrespiratória. A avó da menina rezou à Madre Paulina durante toda a gestação da filha e também durante o período no Hospital. A menina foi batizada no próprio Hospital e se recuperou rapidamente.
A cura foi atestada pelo Santo Padre e, no dia 19 de maio de 2002, o Papa João Paulo II canonizou Santa Paulina, reconhecendo suas virtudes em grau heroico: humildade, caridade, fé, simplicidade, vida de oração, entre outras.
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