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“Cristão: profeta, sacerdote e pastor” – comenta Bispo de Osório

Osório – RS (Quinta-Feira, 09/05/2013, Gaudium Press) “Cristão: profeta, sacerdote e pastor” é o título do mais recente artigo de dom Jaime Pedro Kohl, bispo da diocese de Osório, no Rio Grande do Sul, onde ele enfatiza que a porta de entrada na Igreja é o batismo, pois é por meio dele que os cristãos são incorporados à grande família de Deus e vocacionados à santidade. Para o prelado, todos nós somos chamados a ser santos e a viver as bem-aventuranças.

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Brasão de Dom Jaime Pedro Kohl

De acordo com o bispo, como membro do povo de Deus, o cristão se torna responsável pela missão primeira da Igreja: anunciar e testemunhar Jesus Cristo à humanidade toda. Ele ainda cita João Paulo II, que afirmou: “Essa evangelização é tarefa de todos os fiéis, chamados em virtude de seu batismo a serem discípulos missionários de Jesus Cristo.A missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã. Ela não se limita a um programa ou projeto, mas é compartilhar a experiência do acontecimento do encontro com Cristo, testemunhá-lo e anunciá-lo de pessoa a pessoa, tornando visível o amor misericordioso do Pai, especialmente para com os pobres e pecadores”.

Dom Jaime faz questão de enfatizar que essa missão diz respeito a todos os batizados, pois com o batismo também os leigos tornam-se participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo. Ele explica que o cristão realiza a sua parte na missão sacerdotal de Cristo à medida que consagra tudo o que faz no seu dia a dia a Deus: sua vida familiar, trabalho e atuação na sociedade.

“Ele fala com Deus na oração, ouve-o quando escuta sua Palavra e assim tudo o que faz fica santificado. Procura conhecer sempre melhor os ensinamentos de Cristo, a realidade da Igreja de que é parte, o sentido dos Sacramentos e tudo o que se refere a sua fé. Participa do sacerdócio comum dos fiéis, tornando-se ponte entre Deus e seus irmãos, sendo sinal do amor de Deus para com todos os que encontra, a começar pela sua família”, diz o bispo.

Segundo ele, a participação na missão profética acontece quando o cristão coloca suas palavras e sua vida a serviço do anúncio de Jesus Cristo a homens e mulheres de seu tempo, assumindo a missão evangelizadora da Igreja no lugar em que vive ou, sentindo-se vocacionado, em lugares mais distantes. O prelado salienta que essa participação acontece quando o cristão denuncia tudo aquilo que contraria o projeto de amor de Deus, tudo o que fere a vida e a dignidade do ser humano, desde a sua concepção até o seu fim natural.

“O cristão pode se calar e omitir frente aos erros e males que afligem a vida das pessoas. É cotidianamente chamado a ser profeta, apontando soluções para os problemas que afetam seus irmãos. Deve, por isso, ser uma pessoa atuante na vida de sua comunidade, participando de associação de moradores, conselhos comunitários, sindicatos, organizações não governamentais comprovadamente sérias e de partidos políticos voltados para o bem comum”, completa.

Quanto à missão real ou pastoral, dom Jaime afirma que ela consiste no ordenamento e na organização do mundo para o bem de todos os homens. Conforme o bispo, o cristão deve participar ativamente da organização da sociedade em vista do bem-estar de todos: preservação do meio ambiente: cuidado com o ar evitando a poluição, cuidado com a água, combatendo o desperdício; empenho pela construção de estruturas sociais justas, que favoreçam a justiça social com a equânime distribuição da riqueza, luta pelo emprego e salário digno para todos; atuação na defesa dos direitos básicos de moradia, saúde e educação de qualidade para todos.

Por fim, o prelado ressalta que o verdadeiro discípulo missionário de Jesus Cristo deve ser na paróquia uma pessoa comprometida, uma criatura nova, que assume em sua vida a função sacerdotal, profética e real de Cristo para construção de uma sociedade que seja família para todos, onde a vida se manifeste em sua plenitude. Ele lembra ainda o evangelho do último domingo, onde Jesus diz: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos morada”.

“Não guardemos para nós, egoisticamente, o amor de Deus derramado nos nossos corações, feitos morada da Trindade Santa, mas permitamos que essa presença resplandeça em nós e ilumine o mundo onde vivemos. Assim agindo estaremos fazendo esse mundo mais bonito e vivendo nossa missão de sacerdote, profeta e pastor. O mundo precisa de mim, de ti e de nós todos”, conclui dom Jaime. (FB)

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