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Beatos Manuel e Adílio: 20ª Romaria, no Município de Três Passos (RS)

Três Passos (Terça-Feira, 07/05/2013, Gaudium Press) A Paróquia Santa Inês, do município de Três Passos, pertencente a diocese de Frederico Westphalen, no Noroeste do Rio Grande do Sul, promoverá nos dias 25 e 26 de maio a tradicional Romaria em honra aos beatos Manuel e Adílio e a Romaria da Juventude. Em sua 20ª edição, a caminhada é considerada uma das maiores manifestações de fé e devoção do Estado.

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O evento, deverá reunir romeiros de várias partes da região, que virão agradecer e pedir graças aos Mártires da Fé, abrirá as suas atividades no próximo dia 11 de maio, com a 9ª Cavalgada de Três Passos, com início às 13h. Já no dia 25, às 9h, será realizada a 3ª Pedalada Mirim, e no turno da tarde, a partir das 13h30min, a 9ª Motorromaria.

No domingo, dia 26, a programação da festa começará às 8h com a saída da Romaria em frente à Igreja Matriz de Três Passos rumo ao Santuário dos Beatos Mártires. Logo depois, às 10h, terá início a missa campal na localidade de Feijão Miúdo, na terra do Martírio. Ao meio-dia haverá um almoço de confraternização. À tarde, às 13h, acontecerá o Teatro dos Mártires e uma programação especial voltada para a juventude.

A Paróquia Santa Inês fica localizada na Rua Dom João Becker, número 242, no Centro de Três Passos. Mais informações pelo telefone (55)3522-1752.

Padre Manuel Gomez Gonzalez

O padre Manuel Gomez Gonzalez nasceu no dia 29 de maio de 1877 em São José de Ribarteme, Puenteareas, diocese de Tuy, província de Pontevedra, na região da Galícia, na Espanha. Manuel cresceu num ambiente calmo e religioso, recebendo boa formação cristã. E foi na família que Manuel sentiu o germe da vocação sacerdotal. Ordenou-se sacerdote no dia 24 de maio de 1902.

Em 1904, depois de exercer seu ministério sacerdotal em sua terra natal, passou para a Arquidiocese de Braga, Portugal, onde foi pároco das Paróquias Nossa Senhora do Extremo (1905-1911), e de Santo André e São Miguel de Taias e Barrocas (1911-1913).

Em 1913, devido à perseguição religiosa à Igreja Católica Portuguesa, obteve licença para vir ao Brasil. Chegando ao Brasil, apresenta-se ao Bispo de Rio de Janeiro e é encaminhado ao Bispo de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que o nomeia pároco de Soledade – RS em 23 de janeiro de 1914.

No dia 29 de dezembro de 1915 é nomeado pároco da Paróquia de Nonoai, região norte do Estado. Em Nonoai desempenhou sua missão evangelizando seu povo com esmero e dedicação até 1924.

Manuel, homem de fé, com bondade e paciência, soube exercer seu trabalho pastoral. Reativou o apostolado, realizou um fecundo trabalho com as crianças, abrindo uma escola gratuita. De espírito humanitário trabalhou pelo bem da cidade e do seu povo

Beato Adílio Daronch

Adílio Daronch é o terceiro filho do casal Pedro Daronch (este nascido em Agordo, Itália, vindo para o Brasil com sua família, quando tinha 7 anos de idade) e de Judite Segabinazzi. Nasceu em Dona Francisca, Distrito de Cachoeira, Rio Grande do Sul, no dia 25 de outubro de 1908. Por volta de 1915, a família veio a estabelecer-se em Nonoai, se tornando grandes colaboradores do padre Manuel nas obras sociais e espirituais da Igreja.

Seus filhos foram alunos do sacerdote, que exercia também a missão de professor. Além de aluno, do padre Manuel, Adílio exerceu o ministério de coroinha e auxiliava nos serviços do Altar e da Paróquia. Embora bastante jovem e, talvez conhecedor dos perigos que a missão poderia apresentar a sua vida, manteve fidelidade a Deus e ao Batismo no serviço da justiça e da paz.

Adílio, testemunho leigo, deixou-se seduzir pelo Senhor e colocou-se a serviço de seu Altar redentor. Vítima inocente de uma época de violências mostrou sua coragem e sua fé. Um exemplo de zeloso cuidado com as coisas de Deus. Nele nossos adolescentes e jovens devem buscar a inspiração para seus ideais.

O Martírio

Os dois religiosos, exemplos de fé e de justiça, foram assassinados por anticlericais, em 21 de maio de 1924, na localidade de Feijão Miúdo, hoje denominada Padre Gonzáles. Este local, em meio à mata nativa, se tornou, através do tempo, alvo de peregrinações religiosas, sendo conhecido como “Chão Sagrado”.

A caminho de uma missão e numa perseguição pelas comunidades de colonos, próximo de Três Passos, distante 250km de Nonoai, padre Manuel e seu coroinha Adílio caíram numa emboscada armada por soldados provisórios. Foram amarrados e maltratados. Tudo terminou com dois tiros no sacerdote e três tiros no menino de 15 anos. (FB / JS)

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