"As chagas de Jesus são o sinal do amor infinito que tem aos pecadores de todos os tempos", afirma o bispo de Frederico Westphalen.
Frederico Westphalen (Segunda-Feira, 08/04/2013, Gaudium Press) Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo da diocese de Frederico Westphalen, no Estado do Rio Grande do Sul, por meio do seu artigo “Meu Senhor e meu Deus” nos recorda o evangelista João, que conta como Jesus apareceu aos apóstolos no domingo de Páscoa e, depois, no domingo seguinte, que hoje celebramos ontem, e como tiveram dificuldade em acreditar na ressurreição do mestre.
“Bem aventurados os que não viram e acreditaram”, diz-lhes João. Para o prelado, não vemos a Jesus, mas sabemos que está vivo aqui conosco, porque Ele o disse. Segundo ele, as dúvidas de Tomé, permitidas por Deus, reforçam a nossa fé, pois podemos perceber que não eram crédulos nem se deixaram levar por fantasias.
“Ao tocar nas chagas, o apóstolo faz um ato de fé muito belo na divindade de Jesus. É uma oração muito bonita que podemos repetir muitas vezes, durante a Santa Missa, saboreando-a no íntimo da nossa alma: Meu Senhor e meu Deus.”
Ainda de acordo com o bispo, muitos hoje não querem acreditar naquilo que Jesus ensinou mas vão para os curandeiros, para os astrólogos e para as seitas que os iludem e exploram. Dom Antônio ressalta que devemos procurar conhecer sempre melhor o que Deus nos revelou e continua a ensinar-nos pela Sua Igreja, pois não basta dizer que acreditamos. É preciso tomar a sério o que Jesus nos disse, sem discutir o que não agrada.
“O pecado de heresia está em negar alguma verdade revelada ou pô-la em dúvida. O papa João Paulo I ensinava numa das suas catequeses: ‘A minha mãe dizia-me quando já era crescido: Em pequeno estiveste muito doente; tive de levar-te de um médico para outro e velar noites inteiras; acreditas no que te digo? Como poderia eu dizer: – mãe, não creio? Mas sim: creio. Creio no que me dizes, mas creio-te sobretudo a ti’. Assim acontece com a fé. Não se trata só de crer no que Deus revelou, mas crer nele, que merece a nossa fé, que nos amou tanto e tanto fez por nosso amor”, avalia o prelado.
Dom Antônio nos convida e nos encoraja a sermos homens e mulheres de fé grande, pois ela é dom maravilhoso que temos de estimar e guardar e comunicar aos outros. S. Pedro dizia-nos que é “muito mais preciosa que o ouro”. Mesmo no meio das perseguições e provações “é para vós fonte de alegria inefável e gloriosa”.
“Amamos a Cristo sem o ver como Ele é, acreditamos nele, vivemos com Ele aqui na terra, participando já da Sua Ressurreição gloriosa pela vida nova que nos comunicou no Batismo. E temos, pela esperança viva, a certeza de alcançar essa herança que não se corrompe, a felicidade eterna no Céu”, completa.
No entanto, explica o bispo, só há uma coisa que pode tirar-nos a alegria: o pecado, porque nos afasta de Deus, que é a própria felicidade. Ele enfatiza que para vencer o pecado Jesus deixou, no dia de Páscoa o sacramento do perdão, que é por excelência o sacramento da alegria, é o sacramento da misericórdia de Deus. É presente pascal para a Igreja.
“A misericórdia de Deus manifesta-se de modo especial no Sacramento do Perdão. Por Jesus e através dos sacerdotes Ele perdoa os pecados dos homens, sem excluir ninguém. Ele é o pai da parábola à espera do filho pródigo que se afastou da casa paterna, que o recebe de braços abertos e o cobre de beijos”.
Por fim, dom Antônio afirma que com o seu amor misericordioso Jesus nos anima a regressar através do arrependimento e por uma acusação humilde dos nossos pecados. “Jesus aparece aos apóstolos com o seu corpo glorificado, mas conserva as chagas. Elas são o sinal do amor infinito que tem aos pecadores de todos os tempos”, conclui. (FB)
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