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Essa é a nossa Páscoa, vida nova em Cristo Deus que não se cansa de perdoar, afirma o arcebispo de Maringá

Maringá (Terça-Feira, 26/03/2013, Gaudium Press) “Semana Santa: Deus não se cansa de perdoar” é o título do mais recente artig de dom Anuar Battisti, arcebispo metropolitano de Maringá, no Estado do Paraná. No texto, ele lembra que com a celebração do Domingo de Ramos, no último dia 24 de março, iniciou-se a Semana Santa: tempo único durante o ano para parar, contemplar e recomeçar um caminho a exemplo de Jesus.anuar_battisti.jpg

O arcebispo afirma que chama esta semana de a “grande semana do perdão”: o perdão de todas as nossas falhas, a vida nova conquistada na Paixão, morte e ressureição do Senhor Jesus. Segundo ele, estes fatos aconteceram porque temos um Deus que nos ama, que tomou por primeiro a iniciativa de nos resgatar da miséria humana e nos cobrir para sempre com a sua infinita misericórdia.

“Por isso é uma semana especial, um tempo que revivemos a cada ano, não como fatos do passado e sim como atualização aqui e agora da presença de Deus que continua salvando a cada um de nós, criaturas feitas a Sua imagem e semelhança”, destaca.

Dom Anuar ainda analisa que ao contemplar o Pai Deus que em seu Filho Jesus nos ama perdoando e nos perdoa amando, nos chama para realizar aqui e agora a mesma realidade do amor perdão entre nós humanos. “Sem merecimento fomos perdoados por um Deus tão humano e próximo de nós. Por que somos tão mesquinhos em negar o perdão ou ficar guardando rancor e raiva de quem com motivos ou não nos feriu em nossos sentimentos?”, questiona o arcebispo.

Para o prelado, nas nossas relações humanas nunca se deve buscar culpados e sim estabelecer relações verdadeiras, no amor desinteressado, construindo o que nos aproxima e nunca o que nos divide. Ele também recorda que nesta semana os fatos que vamos reviver começam na Quinta-Feira Santa com a missa da benção dos óleos do crisma, do batismo e dos enfermos.

De acordo com dom Anuar, na presença de todos os presbíteros, os quais renovam nesta missa os compromissos presbiterais, pois foi na quinta- feira que Jesus instituiu a Eucaristia e o presbiterato. Ele ressalta que esta celebração marca o início de todos os fatos de nossa salvação, e que em todas as igrejas, haverá celebração da Ceia do Senhor com o lava pés.

“Relembrando aquele gesto e aquelas palavras de Jesus: ‘Se eu Mestre e Senhor lavei-vos os pés, vos deveis lavar os pés uns dos outros’. Naquela memorável noite Jesus deixa a sua presença nas espécies de pão e vinho dizendo: “Isto é meu corpo, isto é meu sangue, fazei isto em memória de mim.”

Já na Sexta-feira Santa, explica o arcebispo, contemplamos a Paixão de Jesus, às 15h na leitura da Paixão e nas orações por toda humanidade. Dom Anuar enfatiza que esta celebração não é uma missa; aliás, esse é o único dia do ano que não se celebra a missa, mas se distribui a Eucaristia, consagrada na missa de Quinta- Feira Santa.

“Sexta-feira Santa é o dia da morte do Senhor, quando derrama do alto da cruz sangue e água, num grito de salvação: ‘Pai em tuas mãos entrego o meu espírito’. Contemplamos a cruz, beijamos a cruz, como sinal de nosso resgate, como reconhecimento do imenso amor de Deus em Jesus por todos e cada um de nós. Ninguém como Ele para nos amar tanto e de tal forma”, afirma.

Por fim, o prelado fala do Sábado da Vigília Pascal, onde a Igreja abençoa o fogo, e acende a coluna de cera, simbolizando a luz de Jesus que dissipa as trevas e ilumina a noite do pecado. Além disso, os sacerdotes abençoam a água, vida nova, nascimento para Deus, batismo, banho de regeneração, noite do aleluia, de um grito de vitória que culminará na madrugada de domingo.

“Naquela penumbra do terceiro dia, algumas mulheres e três apóstolos são as primeiras testemunhas do túmulo vazio. A notícia não parou até hoje. Continuamos nós também a proclamar que o Senhor está vivo. O ressuscitado está no meio de nós, caminha conosco, como nos diz o apóstolo Paulo: ‘Se Cristo não tivesse ressuscitado vazia seria nossa fé’. Essa é a nossa Páscoa, vida nova em Cristo Deus que não se cansa de perdoar”, conclui dom Anuar.

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