Religiosos da Inglaterra pedem ao eleitorado que não boicotem as eleições de junho
Londres (Segunda, 25-05-2009, Gaudium Press) Comunicado divulgado pelo primaz da Igreja Anglicana (protestante da Inglaterra) e arcebispo de Cantuária, dom Rowan Williams, e pelo arcebispo de York, dom John Sentamu, neste domingo pede ao eleitorado que não caíram “na tentação” de desertar das urnas nas eleições locais e européias de 4 de junho.
“A tentação de permanecer à margem ou de optar por um voto de protesto para enviar um sinal negativo aos partidos representados em Westminster será forte”, reconhecem os religiosos, mas “será trágico se o compreensível sentimento de raiva e decepção com alguns deputados, devido às recentes revelações, levar os eleitores a desertarem as urnas”.
Por meio do texto, os prelados dizem que este “não é momento de votar em um partido político cujo núcleo ideológico consiste em semear a divisão em nossas comunidades e a hostilidade em função da raça, das crenças ou da cor”, pedindo, depois, a união em prol das eleições.
O escândalo de polêmicos reembolsos pedidos por legisladores da Inglaterra revelado por jornais locais nas últimas semanas causou fortes danos à imagem da Câmara dos Lordes e da Câmara dos Representantes.
Reembolsos
No final da semana passada, o deputado Anthony Steen, do Partido Conservador, disse que não vai concorrer ao próximo pleito depois da polêmica provocada pelo seu pedido de reembolso de 280 mil reais pela manutenção de quatro anos da uma casa secundária de sua propriedade.
Do mesmo partido de Steen, Peter Viggers cobrou reembolso de mais de 30 de 95 mil reais por despesas com jardinagem durante três anos, e teve rejeitada cobrança de cinco mil reais relativa a uma casa flutuante para patos na lagoa que tem em sua propriedade no interior do país.
Douglas Hogg, também do Partido Conservador teria pedido ressarcimento dos gastos com a limpeza de um fosso em torno de sua casa no interior da Inglaterra.
O deputado trabalhista Ben Chapman também anunciou que não vai concorrer às eleições, embora insista que não fez nada de errado.
Os casos abalaram a reputação da classe política no Reino Unido e levam a uma revisão das regras das despesas que os deputados podem cobrar dos cofres públicos pelo desempenho de suas funções.
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