Que este ano seja favorável para a crescente integração entre os saberes de crianças, jovens e adultos, afirma o bispo de Santa Cruz do Sul
Santa Cruz do Sul (Sexta-Feira, 01/03/2013, Gaudium Press) Dom Canísio Klaus, bispo da diocese de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, em seu último artigo, com o título “Os jovens vão para a escola”, fala que a partir do início deste mês todas as instituições de ensino da região, inclusive as de nível superior, estão recebendo seus alunos e iniciando as atividades de mais um ano letivo. São milhares os estudantes que freqüentam as salas de aula com o intuito de se prepararem para adquirirem a sua autonomia e se tornarem profissionais qualificados.
O bispo lembra que conforme afirmação do Texto Base da Campanha da Fraternidade de 2013, “a escola e a universidade são fundamentalmente o lugar de conhecimento e de projeção de um mundo solidário” (nº 324). Por isso, destaca dom Canísio, além de transmitir conhecimentos, devem ser espaço de cultivo da solidariedade. “A escola e a universidade não podem se privar de sua missão de formar as pessoas de modo integral, proporcionando-lhes uma percepção do processo histórico para atuarem nele de modo solidário” (nº 327).
Ainda de acordo com o texto, mais do que receber informações, os jovens “passaram a ser coagentes da própria educação e não meros espectadores”. “Para eles, o saber é construído de maneira colaborativa, interativa e prática” e “os professores passaram a ser participantes do processo”, uma vez que “o conhecimento das novas mídias pode levar os jovens a ensinar, tornando mais interativa a relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem” (n° 47).
Segundo o prelado, em anos passados, a Igreja era proprietária de muitos colégios e escolas, tanto nas cidades como no interior. Já atualmente, são poucos os colégios dirigidos por religiosos ou que estão na mão de instituições eclesiais. “Isto não significa que a Igreja não mais esteja preocupada com a educação ou que não mais queira participar desta tarefa. A sua participação, hoje, se dá através dos professores que atuam como cristãos e testemunham a sua fé junto aos alunos”, ressalta ele.
Para dom Canísio, a preocupação da Igreja com a educação se dá também através da formação de grupos de jovens e da organização de atividades paralelas às aulas, tais como catequese, retiros espirituais e dias de formação. “Se dá ainda através da inserção nas novas mídias, valendo-se das redes sociais para transmitir textos e mensagens que promovem o cultivo de valores. A própria Campanha da Fraternidade deste ano tem um subsídio próprio para ser trabalhado com adolescentes e jovens nas escolas”, avalia.
Por fim, o bispo anseia que o ano letivo de 2013, quando a Igreja no Brasil em sua totalidade está refletindo sobre a realidade dos jovens, tentando entender os seus sonhos e anseios, possa ser um ano favorável para a inclusão dos jovens na sociedade, sensibilizando-os para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da construção da civilização do Amor e do bem comum.
“Que este ano seja favorável para a crescente integração entre os saberes de crianças, jovens e adultos. E que, ao final de tudo, muitos jovens possam dizer com o profeta Isaías: ‘Eis me aqui, envia-me'”, conclui.





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