O que é um Cardeal Camerlengo?
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 01-03-2013, Gaudium Press) O Camerlengo é o Cardeal que preside a Câmara Apostólica, tendo por função: cuidar e administrar os bens e os direitos temporais da Santa Sé durante o período de Sede Vacante.
De acordo com a Constituição “Universi Dominici Gregis”, o Camerlengo deve:
– colocar os selos que lacram os aposentos e o escritório do Papa, dispondo que as pessoas que habitualmente frequentam o apartamento privado, possam permanecer até depois do sepultamento (em caso de morte do Pontífice), quando então todo o apartamento pontifício é fechado e selado;
– comunicar a morte do Papa tanto ao Cardeal Vigário de Roma, que por sua vez, dá a notícia ao Povo de Roma com notificação especial, quanto ao Cardeal Arcipreste da Basílica Vaticana;
– tomar posse da Residência Apostólica Vaticana e, pessoalmente ou por delegado, das Residências de Latrão e de Castel Gandolfo;
– estabelecer, ouvidos os Cardeais Chefes das três Ordens, tudo aquilo que concerne à sepultura do Pontífice (art. 17)
– presidir a Congregação particular constituída pelo mesmo Cardeal e por três Cardeais Assistentes e que tem a tarefa de administrar as questões de menor importância (art. 7);
– decidir o dia em que devem iniciar as Congregações gerais para a preparação da eleição do Papa (art. 11);
– predispor, junto aos Cardeais que desempenhavam respectivamente a função de Secretário de Estado e de Presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano, as dependências da “Domus Sanctae Marthae” para a conveniente acomodação dos Cardeais eleitores e prover com eles os detalhes para a preparação da capela Sistina, a fim de que as operações relativas à eleição possam se realizar facilmente, de modo ordenado e com a máxima reserva, segundo quanto previsto e estabelecido nesta Constituição (art. 13);
– Caso a Sé do Penitenciário-Mor estiver vacante, presenciar junto aos três Cardeais Assistentes à abertura das cédulas para a sua eleição que se dá por meio de votação secreta de todos os Cardeais eleitores presentes (art. 15);
– Conceder permissão para eventuais fotografias a título de documentação do Pontífice defunto (art. 30);
– Assegurar desde o início do processo da eleição, com a colaboração externa do Substituto da Secretaria de Estado, o fechamento da “Domus Sancatae Marthae” e da Capela Sistina e dos ambientes destinados às celebrações litúrgicas às pessoas não autorizadas (art. 43);
– Receber o juramento dos Cardeais sobre a observância do segredo do voto (art. 48)
– É obrigado a vigiar com diligência, junto aos três Cardeais Assistentes “pro tempore”, para que não seja de modo algum violada a confidencialidade do que ocorre na Capela Sistina, recebendo dos Cardeais eleitores, onde se realizam as operações de votações e dos espaços adjacentes, tanto antes quanto durante e depois tais operações, os escritos de qualquer natureza, que tenham consigo, relativos ao êxito de cada escrutínio, a fim de que sejam queimados com as cédulas. (art. 55,71)
Nomeado em 4 de abril de 2007, o Cardeal italiano Tarcísio Bertone exerce atualmente a função de Camerlengo. (EPC)
Com informações da Rádio Vaticano.
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