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Incêndio destrói capela de quase 80 anos em Biguaçu, Santa Catarina

Biguaçu (Quinta-Feira, 28/02/2013, Gaudium Press) Na última segunda-feira, dia 25 de fevereiro, um incêndio provocado por um raio destruiu a capela São Sebastião de Limeira, de quase 80 anos, na cidade de Biguaçu, na Região Metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina. A construção, que foi consumida pelo fogo em pouco menos de meia hora, fica situada em uma área montanhosa, de difícil acesso, e não havia hidrantes nas proximidades, o que atrapalhou o trabalho dos bombeiros.capela_sao_sebastiao_ibiguacu.jpg

De acordo com testemunhas locais, um forte estrondo foi ouvido por volta das 19h, e logo em seguida os moradores começaram a ver fumaça saindo do telhado da igreja. No momento do ocorrido, não havia nenhuma celebração na capela. E, portanto, não houve registros de vítimas, apenas de danos materiais.

Alguns moradores da região, assim que perceberam que o raio havia atingido o templo, se mobilizaram para tentar salvar o que fosse possível dos objetos do altar. A capela ficou totalmente destruída – somente as paredes de alvenaria resistiram ao fogo. O teto desabou e destruiu as obras sacras que estavam no interior do prédio. Entre os itens perdidos está uma imagem de São Sebastião, padroeiro da comunidade, que pode ter sido confeccionada em Portugal na década de 1900.

O trabalho dos bombeiros foi só de rescaldo e resfriamento do local, pois quando chegaram à comunidade pouco havia a ser feito. A subida íngreme e estreita dificultou o deslocamento dos caminhões que levavam dez mil litros de água para o topo da colina, o que não foi suficiente. Os bombeiros então tentaram bombear água de uma cisterna no terreno da igreja, mas não conseguiram. Acabaram tendo que pedir ajuda a corporação de Tijucas que enviou dois caminhões para o local.

Apesar da gravidade do incêndio, o pároco de Biguaçu, José Luiz Souza, acredita que será pos­sível reconstruir o templo. “Tenho certeza disso. É só ver a quantidade de pessoas que vieram ajudar. A comunidade vai se unir”, ressaltou. No entanto, para saber se a reconstrução poderá ser realizada é preciso aguardar o laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições da estrutura.

A construção nos moldes atuais foi feita em 1934, mas a história da capela soma 105 anos. As primeiras missas eram celebradas em uma edificação de madeira. Em mais de um século de história, os padres que passaram pelo vilarejo batizaram crianças, que mais tarde casariam diante do altar da capela. Esses laços unem gerações na esperança de recuperar o templo.capela_incendiada.jpg

Bíblia ficou intacta

Das poucas coisas que resistiram às chamas, duas são as que mais impressionam: a Bíblia, aberta sobre um suporte destruído pelo fogo, e a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Ao lado de um bebedouro completamente derretido, a santa permaneceu de pé sem abalo algum – na escultura, apenas as marcas do terço derretido que estava envolto.

Igreja tinha para-raios

Instalado há cerca de cinco anos, o para-raios da torre da igreja não conseguiu dar conta da força da descarga que atingiu o prédio. Segundo a Defesa Civil da cidade, esse tipo de equipamento não costuma ter limite de carga e, por isso, deveria ter funcionado. Há duas hipóteses: ou o aparelho não estava instalado corretamente, ou foi desativado na última reforma do prédio, no ano passado. (FB/JS)

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