"A Transfiguração do Senhor é também um sinal e uma antecipação da nossa própria glorificação", afirma o bispo de Frederico Westphalen
Frederico Westphalen (Sexta-Feira, 22/02/2013, Gaudium Press) “A nossa pátria está nos céus” é o título do mais recente artigo de dom Antônio Carlos Rossi Keller, bispo da diocese de Frederico Westphalen, no EStado do Rio Grande do Sul, onde ele aborda a liturgia deste 2º Domingo da Quaresma: a manifestação da glória divina de Jesus Cristo, Filho muito amado do Pai, a três dos seus discípulos, no alto do Monte Tabor.
De acordo com o prelado, desde o momento em que foi concebido no ventre puríssimo de Maria, por obra do Espírito Santo, a divindade de Jesus estava oculta na sua humanidade. Para dom Antônio, o Senhor quis manifestar, por uns momentos, o esplendor da sua glória, para animar os seus discípulos a seguir com firmeza o caminho difícil e áspero da sua Paixão e Morte e mover-nos ao desejo da glória divina, que nos será dada também a nós.
“As circunstâncias da Transfiguração do Senhor, imediatamente após o anúncio da sua Paixão e de que também os seus discípulos teriam de abraçar a cruz, ajudam-nos a compreender que a nossa Pátria está nos Céus [2ª leitura] e que os sofrimentos do tempo presente não são comparáveis com a glória futura que se há de manifestar em nós [Rom. 8, 18] e que se sofremos com Cristo, com Ele seremos também glorificados [Rom. 8, 16-17]”, afirma.
O bispo ainda explica que a Transfiguração do Senhor é um sinal e uma antecipação não só da glorificação de Cristo na sua Ressurreição, mas também da nossa própria glorificação, quando formos revestidos do fulgor da glória de Deus e o nosso corpo miserável se tornar semelhante ao Corpo glorioso de Jesus.
Toda a Quaresma, segundo dom Antônio, é uma ocasião privilegiada para participar das graças da salvação: é um tempo favorável, é o dia da Salvação. “Somos todos convidados à conversão e ao aumento da esperança na ação da graça divina: Cristo destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade. Pelo seu Sacrifício renovado nos nossos altares, Ele lava os nossos pecados e purifica o nosso olhar espiritual com o alimento interior da sua Palavra, conduzindo-nos para a visão da sua glória. Coragem, pois! Tenhamos esperança no Senhor! Coração firme! Cristo é a nossa esperança”, salienta ele.
Conforme o prelado, devemos escutar o Senhor na Sua Palavra, conservada na Sagrada Escritura, além de escutá-lo nos próprios acontecimentos da nossa vida, nos nossos irmãos, em especial nos pobres e nos pequeninos. Dom Antônio nos pede também para não fecharmos os nossos coração para Cristo e obedecer os seus apelos, pois enquanto vivemos na terra o nosso relacionamento com Deus realiza-se mais na escuta que na visão.
Por fim, o bispo menciona o fato de que estamos vivendo nestes dias os últimos momentos do pontificado do Papa Bento XVI. Segundo ele, uma situação inusitada esta, já que estávamos acostumados a tão somente ver um final de pontificado com a morte do Papa. Dom Antônio avalia que Bento XVI, um homem de profunda fé, decidiu deixar o Ministério Petrino não por covardia ou medo, mas bem pelo contrário: foram necessárias muita coragem e humildade pata tomar uma decisão destas.
“Nós todos, de um lado tristes por não tê-lo mais como pastor da Santa Igreja, mas ao mesmo tempo agradecidos por sua dedicação durante o tempo no qual pode exercer este serviço de altíssima responsabilidade, já começamos a rezar pelo novo Papa, que será escolhido pelos senhores Cardeais, sob a luz do Espírito Santo. Enquanto nestes dias tantos se dedicam a tentar descobrir sinais de quem seria o novo Papa, de nossa parte, dediquemo-nos a rezar e a pedir a Deus que providencie o mais rápido possível, um novo pastor para a Sua Santa Igreja”, conclui. (FB/JS)





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