Festa de Santo Antão terá benção de animais na Praça de São Pedro
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 16-01-2013, Gaudium Press) Na próxima quinta-feira, 17, o Vaticano celebrará a festa de Santo Antão, padroeiro dos criadores de gado e protetor dos animais, numa cerimônia presidida pelo Cardeal Angelo Comastri, vigário do Papa para a Cidade-Estado.
Marcada para a acontecer na Praça de São Pedro, onde serão organizados estábulos com animais domésticos: cavalos, bois, porcos, carneiros, mulas, coelhos e aves, a celebração é uma iniciativa da Associação Agropecuária Italiana (AIA), que pretende ressaltar “o papel ativo dos agricultores e criadores de gado dentro da sociedade”, num dia particularmente festejado no mundo rural”, conforme declarou Nino Andena, presidente da Associação.
A Missa será presidida pelo Cardeal Angelo Comastri às 10h30. Logo depois será dado início a um desfile a cavalo pela Via della Conciliazione, no qual o purpurado abençoará os presentes que trarão seus animais de estimação para também receberem a benção.
Santo Antão Abade
Santo Antão Abade foi um dos fundadores da vida monástica cristã. Nascido por volta de 250 em uma família de agricultores na aldeia de Coma, atual Qumans, no Egito.
Depois da descoberta de sua sepultura em 561, suas relíquias começaram uma longa viagem ao longo do tempo: de Alexandria a Constantinopla, até a França no século XI em Motte-Saint-Didier, onde foi construída uma igreja em sua honra que era muito frequentada por uma multidão de doentes, principalmente de ergotismo canceroso, causado por envenenamento de um fungo presente no centeio usado para fazer o pão.
A doença era conhecida desde a antiguidade como “ignis sacer” pela sensação de queimação que provocava; para acolher todos os doentes que chegavam, foi construído um hospital e uma Fraternidade de religiosos -a antiga Ordem hospitalar dos “Antonianos”- a aldeia foi batizada com o nome de Saint-Antoine de Viennois.
O Papa concedeu o privilégio de criar porcos para uso próprio e a cargo da comunidade, por isso os porquinhos podiam circular livremente entre os pátios e ruas, ninguém os tocava. Para serem identificados e encontrados com facilidade, eles tinham um sininho pendurado no pescoço.
A gordura deles era usada para curar o ergotismo, que foi chamado “o mal de Santo Antão” e depois “o fogo de Santo Antão” (herpes zoster); por isso na religiosidade popular, o porco começou a ser associado ao grande eremita egípcio, que depois foi considerado o santo padroeiro dos porcos e por extensão de todos os animais domésticos e do estábulo.
Na sua iconografia aparece, além do porquinho com o sino, também o cajado dos eremitas em forma de T, que lembrava a letra ‘tau’, a última do alfabeto hebraico.(EPC)
Com informações da Agência Ecclesia.
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