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Igreja em Myanmar celebra Ano Jubilar após 50 anos de escuridão

Yangon – Myanmar (Sexta-feira, 11-01-2013, Gaudium Press) “Depois de 50 anos de asfixiante obscuridade, agora brilha uma luz no belo país da Birmânia”, expressou o Arcebispo de Yagon e Secretário Geral da Conferência Episcopal de Myanmar, Dom Charles Maung Bo, em uma emotiva mensagem na qual convida ao renascimento da esperança e a evangelização do país “com um vigor de fé renovado” em um novo contexto de maior liberdade religiosa.

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Depois da queda da ditadura militar em 2011, Myanmar (antiga Birmânia) trabalhou em recuperar as liberdades de seu povo, arrasadas pela chegada do comunismo há 50 anos. “Em 1962, a escuridão envolveu a Birmânia”, relatou em sua mensagem Dom Maung Bo. “Sua história foi congelada, sua beleza ocultada, seus filhos reduzidos a escravidão do silêncio, muitos ao martírio, muitos outros a longas noites de lágrimas”. A degradação moral seguiu a decadência material e a eliminação da fé. “Duas gerações embarcaram em uma viagem pelo obscuro túnel do desespero”.

Diante das difíceis mudanças obtidas no país a custa de um profundo conflito interno, o Arcebispo assinalou seus motivos de esperança: “Depois de 50 anos, nos reunimos para ver a luz. A luz da verdade brilha sobre nós, a luz da liberdade está despertando lentamente a nossa gente, a luz das oportunidades estão surgindo. Em nosso Natal Cristo nasceu, doando-nos uma nova luz de esperança”. Por este motivo, o prelado expressou a importância deste novo ano: “é um ano jubilar, um ano de graça para o povo de Myanmar”.

Dom Maung Bo expressou que a alegria da liberdade manifesta a ação de Deus e pediu que se viva no país um Jubileu de acordo com a tradição: “No Jubileu são libertados os escravos. Nós, neste ano, pedimos a libertação de todos os presos políticos, presos de consciência, nossos homens e mulheres no cárcere”. O Arcebispo também solicitou trabalhar pelo retorno dos refugiados, dos quais muitos estão sem documentos.

Um dos clamores do prelado foi a respeito da liberdade religiosa, já que “os velhos hábitos demoram para morrer”, e se deve avançar no reconhecimento da dignidade e direitos humanos. Sua mensagem concluiu com um chamado a reconciliação e o trabalho pela paz, depois de muitos anos de enfrentamentos internos. “É hora de construir a paz”, afirmou. (EPC/GPE)

Com informações da Agência Fides.

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