O homem é feito para a paz, e ela é um dom de Deus, diz Bispo de Santa Cruz do Sul
Santa Cruz do Sul (Quarta-Feira, 02/01/2013, Gaudium Press) Em seu mais recente artigo, intitulado “Bem aventurados os que promovem a Paz”, dom Canísio Klaus, bispo da diocese de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, reflete sobre o primeiro dia do ano, data em que a Igreja promove o Dia Mundial da Paz, e sobre a habitual mensagem do papa Bento XVI para a ocasião.
Segundo o bispo, a Igreja estipulou o dia 1º de janeiro como o Dia Mundial da Paz para manifestar o seu desejo de que o ano que está iniciando, além de ser marcado por ações em favor da paz, também seja um ano de paz. Pela importância da data, afirma dom Canísio, o papa costuma escrever uma mensagem destinada às lideranças e ao povo. A mensagem deste ano tem por título: “Bem aventurados os obreiros da paz”, isto é “Felizes os que promovem a Paz”.
O prelado ressalta que a mensagem começa com a seguinte afirmação: “Cada ano traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Nesta perspectiva, peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade as aspirações de uma vida feliz e próspera. O desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, o dever/direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é um dom de Deus”.
De acordo com o bispo, o Pontífice ainda afirma em sua mensagem que a paz envolve o ser humano na sua totalidade: “É paz com Deus, vivendo conforme a sua vontade; é paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação. Ela implica na construção de uma convivência humana baseada na verdade, na liberdade, no amor e na justiça. Depende, sobretudo, do reconhecimento de que somos, em Deus, uma única família humana. A partir deste ensinamento, pode-se deduzir que cada pessoa e cada comunidade – religiosa, civil, educativa e cultural – é chamada a trabalhar pela paz, que passa pela implementação do bem comum”.
Para dom Canísio, o caminho para a paz passa pelo respeito à vida humana, a começar da concepção, passando pelo seu desenvolvimento até o fim natural. O papa Bento XVI ainda enfatizou no seu texto que a vida em plenitude é o ápice da paz, e por isso, quem deseja a paz não pode tolerar atentados contra a vida.
Entre os diversos obreiros da paz, o papa cita, em primeiro lugar, a família, um dos sujeitos sociais indispensáveis para a realização de uma cultura da paz. É aí que “nascem e crescem os obreiros da paz, os futuros promotores duma cultura da vida e do amor”, destaca o Pontífice. Em segundo lugar estão as comunidades cristãs, as escolas, as universidades. Conforme Bento XVI, delas se requer uma notável contribuição não só para a formação de novas gerações de líderes, mas também para a renovação das instituições públicas nacionais e internacionais.
Ao concluir sua mensagem, o papa diz: “Há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmosfera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz.
Incentivo fundamental será dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar a desculpas e, finalmente, perdoar”.
Por fim, dom Canísio espera que as comemorações do ano-novo nos motivem a dedicar nossa vida à construção de um mundo de paz e fraternidade. “Que Maria, a Mãe de Deus, cuja festa foi celebrada em 1º de janeiro, nos ilumine nesta missão. E que todos tenham um abençoado e feliz ano de 2013”, finalizou o bispo. (FB/JSG)
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