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A alegria deste advento

Frederico Westphalen (Sexta-Feira, 21/12/2012, Gaudium Press) “A alegrai deste advento” é o nome do artigo de dom Antônio Carlos Rossi Keller, bispo da diocese de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, em que ele fala que o Advento nos faz um chamamento à alegria, ajudando-nos a compreender que não há incompatibilidade entre uma preparação cuidadosa e séria para a vinda do Salvador e a verdadeira alegria de viver. Pelo contrário, teremos alegria na medida em que tomarmos a sério a vocação à santidade recordada com peculiar insistência neste ciclo do Natal.antonio_carlos_rossi_keller.jpg

O prelado nos faz o seguinte questionamento: qual alegria buscamos? Segundo ele, devemos procurar a verdadeira alegria que é a paz com Deus, conosco próprio e com os nossos irmãos, e que só do céu nos vem. “A alegria que deves ter não é aquela que poderíamos chamar fisiológica, de animal sadio, mas outra, sobrenatural, que procede de abandonar tudo e de te abandonares a ti mesmo nos braços carinhosos do nosso Pai-Deus” (S. Josemaria Escrivá).

Dom Antônio nos recorda ainda que João Batista, exercendo a sua missão de Precursor de Jesus, faz ouvir a sua voz às multidões que o procuram. De acordo com o bispo, havia – como hoje – nas pessoas uma grande inquietação à procura das certezas que são o fundamento da verdadeira alegria, e é neste contexto que se situam as respostas que vai dando. Também nós devemos fazer a mesma pergunta que os ouvintes de João: “Que devemos fazer”?

“Acolhamos as chamadas de atenção que ele faz para cada um de nós, pela palavra e pelo exemplo da sua vida penitente e desprendida. Deus colocou à nossa disposição muitos bens para nos ajudarem nesta caminhada para o Céu. Mas não podemos esquecer que se trata apenas de meios e não do fim da nossa vida. Sem este cuidado, de senhores dos bens tornamo-nos escravos, perdendo a liberdade de filhos de Deus e a verdadeira alegria”, ressalta.

Para o bispo, este desprendimento abrange também o que somos e o que podemos fazer pelos outros, pois seria uma visão egoísta da vida se pensássemos apenas nos interesses pessoais. Ele também destaca que a ambição dos bens materiais leva rapidamente à injustiça, gerando para nós uma nova escravidão, ao passo que a verdadeira alegria alimenta-se de um religioso respeito pelos direitos dos outros.

Por fim, dom Antônio afirma que João Batista é um semeador de paz e alegria nos corações das pessoas que o vão escutar no deserto da Judéia, e que a paz e a alegria têm de ser construídas na verdade e na caridade. “Jesus Cristo dá-nos, em cada celebração do Domingo, na qual se renova o sacrifício da Nova lei, o exemplo de construir a paz imolando-se por nós. Com Maria construiremos a paz, imolando-nos pelos nossos irmãos, numa doação generosa de todos os momentos”, conclui.(FB)

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