Promoção da anticoncepção corrompe a alma, afirmam bispos filipinos

Manila (Terça-feira, 18-12-2012, Gaudium Press) Através de uma Carta Pastoral, a Conferência de Bispos Católicos das Filipinas alertaram os fiéis sobre a necessidade de opor-se com firmeza aos novos avanços que o projeto de lei de saúde reprodutiva, de marcado caráter antinatalista, tem obtido no Parlamento. A agressiva campanha de promoção de anticonceptivos, adverte a Carta, “corrompe a alma”. Por este motivo, intitularam o texto como “A Anticoncepção é Corrupção!”.

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Os bispos reiteraram seu “discernimento coletivo” dos graves danos que traria a norma, “se se converte em lei em sua forma presente”. Também denunciaram que a comunicação que tem sido realizada em favor do projeto é enganosa e que os supostos benefícios que traria à sociedade, nunca se tornarão realidade. “A lei tem sido preparada para parecer um presente ao serviço de saúde das mães. Mas não é. Conduzirá a maiores crimes contra as mulheres”, assinalaram os prelados. As consequências que tem para as mulheres a mentalidade antinatalista são moralmente desastrosas. “Como nós Bispos já dissemos no passado, a mentalidade anticonceptiva é a mãe de uma mentalidade abortista”.

Também denunciaram que a proposta pretende convencer aos jovens, valendo-se do sistema educativo, de que as relações íntimas fora do matrimônio são aceitáveis sempre que se evite a gravidez. “É isto moral?”, questionaram os Bispos. “Aqueles que corrompem a mente das crianças invocarão a ira divina sobre eles”.

Outro dos enganos expostos pela Conferência dos Bispos é o suposto benefício econômico para a povoação, derivado do controle de natalidade. “Os pobres podem sair da pobreza através de um melhor acesso à educação, melhores hospitais e menos corrupção no governo”, asseguraram os prelados. “O dinheiro dos anticonceptivos pode ser usado melhor na educação e em um autêntico serviço de saúde”.

Em resumo, a Carta Pastoral adverte que “o acesso amplo e gratuito aos anticonceptivos resultará na destruição da vida familiar e em uma maior violência contra as mulheres”. Por este motivo, os Bispos felicitaram aos 104 representantes que se opuseram – sem êxito – à aprovação do projeto em seu segundo debate, enaltecendo seu compromisso pelo bem comum do país. Também solicitaram aos 64 parlamentares que se abstiveram de votar, fazendo em favor da proteção da vida e da família no terceiro debate.

“A Igreja nos ensina a seguir nossa consciência”, explicaram os prelados dirigindo-se especialmente aos legisladores, “mas esta consciência deve estar formada e informada de acordo com os valores”. Neste sentido, convidaram aos legisladores a estar a favor das crianças, das mães e dos pobres, e a resistir a todas as ameaças. “Esta é a justiça. Levantem-se por ela, defendam a ela, não se deixem levar pelas pressões e sejam os campeões das pessoas que votaram por vocês. Deus conhece e vê o que estão fazendo”.

Finalmente, os Bispos pediram aos cidadãos exercer a caridade cristã durante o tempo do Natal e orar pelos políticos para que sirvam aos verdadeiros interesses da nação. “Isto significa preservar a vida, dizer não à anticoncepção que é corrupção e ser fiel ao Menino Jesus, que está a favor da mulher, a favor das crianças e a favor dos pobres”. (EPC/GPE)

Com informações de CBCP News.