Papa "une" sua voz à da Onu e exige fim dos conflitos no Sri Lanka
Cidade do Vaticano (Segunda, 18-05-2009, Gaudium Press) O Papa Bento XVI pediu neste domingo que os rebeldes separatistas dos Tigres Tâmeis e as forças de segurança do governo do Sri Lanka encerrassem os conflitos na região, cuja guerra civil de mais de duas décadas se intensificou nos últimos meses e deixou, somente neste ano, mais de 9 mil mortos.
“Trata-se de milhares de crianças, mulheres, anciãos, a quem a guerra tirou anos de vida e de esperança. Desejo, mais uma vez dirigir um premente convite aos beligerantes, a fim de que facilitem a evacuação e, por isso, uno a minha voz à voz do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que alguns dias atrás pediu garantias à incolumidade dos civis”, afirmou o pontífice antes de recitar a fiéis reunidos na Praça de São Pedro a oração mariana do Regina Coeli.
Neste contexto, o Papa pediu que os grupos assistenciais e as instituições humanitárias, especialmente as católicas, locais não deixassem de prestar socorro às vítimas com medicamentos e alimentos. Bento XVI invocou ainda a proteção de Nossa Senhora de Madhu, venerada pelos habitantes.
Mas o Sri Lanka não foi o único tópico abordado pelo pontífice no discurso deste domingo. Ele falou também de sua recente passagem pela Terra Santa como peregrino, sua primeira viagem apostólica à região, mas destacou que aprofundará um balanço sobre a viagem na próxima quarta-feira, durante a audiência geral.
Bento XVI agradeceu a Deus, “por ter dado a possibilidade de concluir essa viagem apostólica tão importante” e a todos aqueles que deram a sua contribuição para a realização da mesma – citando o Patriarca latino e os Pastores da Igreja na Jordânia, em Israel e nos Territórios Palestinos, os Franciscanos da Custódia da Terra Santa, as Autoridades civis da Jordânia, de Israel e dos Territórios Palestinos, e as forças de ordem.
“Esta peregrinação aos Lugares Santos foi também uma visita pastoral aos fiéis que ali vivem, um serviço à unidade dos cristãos, ao diálogo com judeus e muçulmanos e à construção da paz. Tudo isso em nome de Deus, daquele Deus que chamou Abraão para fazer dele um grande povo”, declarou o Papa, lamentando novamente o clima de animosidade e divisão que permeia a região.
“A História da Salvação começa com a escolha de um homem, Abraão, de um povo, Israel, mas a intenção de Deus é a universalidade, a salvação de todos os povos. Deus não faz preferência de pessoas, mas acolhe quem o teme e pratica a justiça”, disse o parafraseando São Pedro.
Em seguida o Papa rezou a oração mariana do Regina Coeli e concedeu a todos a sua benção apostólica. Ao final, antes de reentrar em seus aposentos, saudou como de praze os diversos grupos de peregrinos presentes em suas línguas-mãe, entre elas o português.
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