Dom Orlando Brandes: a importância de nos relacionarmos com Jesus

Londrina (Sexta-Feira, 30/11/2012, Gaudium Press) Por ocasião da recente festa de Cristo Rei, Dom Orlando Brandes, arcebispo de Londrina, no Estado do Paraná, escreveu um artigo onde trata do tema: “Olhos fixos em Jesus Cristo, Rei do Universo”. No texto, ele afirma que Jesus de Nazaré é rei das nações e ao mesmo tempo filho de Deus, apaixonado pelo pai e cheio de compaixão pelos homens. A relação com o Pai é a fonte da sabedoria, da profecia, do discernimento e da coragem do homem de Nazaré.

De acordo com o prelado, Jesus vive uma profunda espiritualidade de salvação, de libertação e de cura, e o remédio que ele mais receita é o perdão. “Pela fé tira os fardos das pessoas. Cegos veem coxos andam e leprosos são limpos. Jesus evita julgar, condenar e excluir. Ele só quer salvar e ajuda a recomeçar. Estabelece encontros que curam. A cura é a volta ao paraíso, ao criador, à vida. Sabia fazer-se amigo dos pecadores. Ele traz a liberdade e alimenta boas amizades a partir do amor do Pai. Seu reino é reinado da Vida”, destaca.

Dom Orlando ressalta ainda que ninguém como Jesus busca os perdidos, tira a insegurança e ansiedade, liberta das prisões do ego e dos apegos. Segundo o arcebispo, ele criticava e corrigia os erros, com coragem, mas, sem amargura e azedume, mostrando a ilusão da obsessão pelo lucro e da tirania do trabalho excessivo. “Nós somos escravos da busca de sucessos e resultados, de desejos destorcidos e ambições descabidas. Jesus aponta outro caminho. Para Ele, o desapego, a pureza de coração, a oração e a sensibilidade pelos irmãos eram o segredo da sua felicidade e liberdade. Seu reino é reino da liberdade e da graça.”

Como não se encantar por Jesus?, questiona o prelado, que em seguida afirma que quanto mais encontramos e seguimos o Mestre, tanto mais fazemos a experiência do nosso verdadeiro eu.

Para dom Orlando, é possível ter uma nova personalidade, uma nova natureza e ser uma nova criatura a partir do encontro com Jesus Cristo, pois ele nos ajuda a descobrir nossa falsa imagem, nossas duplicidades, nossas mentiras e enganos.

“O que mais incomodava Jesus era a hipocrisia, a mentira, a falsidade. Costumamos ocultar nosso verdadeiro eu e externamos uma imagem falsa de nós mesmos. Hipocrisia é fingir que somos aquilo que não somos, pois aí está a raiz do exibicionismo, das aparências e poses. Vivemos uma explosão de egoísmo e uma crise de individualismo. Jesus traz o bálsamo e remédio para estas feridas dizendo: a verdade vos fará livres. Seu reino é reino da verdade e da alegria”, acrescentou o prelado.

Por fim, dom Orlando atenta para o fato de que o nosso ego ferido nos faz acreditar em nossas mentiras e alimenta a auto justificação e autocompaixão. Conforme ele, o ego é astucioso e malandro, fazendo o homem oscilar entre orgulho e superioridade, como também, entre rebaixamento e inferioridade. Para o arcebispo, Jesus faz a vida ser bela, nova, grande e digna, tirando o complexo de culpa e enchendo-nos de alegria, gratidão e paz, pois seu reino é o reino do amor e ele vê tudo sob a ótica do amor e da misericórdia.

“Tenhamos olhos fixos em Jesus. Nós somos a pupila de seus olhos. Ele nos fita com amor e está mais ocupado conosco do que nós mesmos. Somos amados por Ele antes, por primeiro, a cada momento e em todas as circunstâncias. Não há outra felicidade, outra prioridade, outro tesouro que Jesus de Nazaré, que olha em nossos olhos para que tenhamos olhos fixos Nele, e o vejamos nos irmãos, especialmente os pobres e aflitos. Ele é o rei das nações”, conclui. (FB/JS)