Bispos franceses fazem visita Ad Limina ao Santo Padre Bento XVI

Papa Bento XVI e bispos franceses. Foto: Rádio Vaticano

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 22-11-2012, Gaudium Press) “É um enorme desafio viver em uma sociedade que nem sempre compartilha os ensinamentos de Cristo e que, em certas ocasiões, trata de ridicularizar ou marginalizar a Igreja tentando confiná-la exclusivamente na esfera privada. Para fazer frente a estes enormes desafios, a Igreja tem necessidade de testemunhas críveis”, disse o Papa Bento XVI a um grupo de bispos franceses no último sábado, 17, ao referir-se sobre a importância da transmissão da fé às novas gerações. O Episcopado Francês encontra-se há algumas semanas no Vaticano em visita “Ad Limina”.

O Santo Padre, referindo-se logo no dito encontro aos debates chaves que enfrenta hoje a sociedade francesa, recordou aos bispos que “a voz da Igreja deve fazer-se escutar sem fraqueza e com determinação (…) A mensagem de Cristo e de sua Igreja não é só portadora de uma identidade religiosa, que requer ser respeitada como tal; aporta uma sabedoria que permite perceber com retidão quais são as respostas concretas às perguntas mais urgentes, e às vezes angustiosas, da época atual. Exercendo, como já fazeis, a dimensão profética de vosso ministério episcopal, oferecei a estes debates uma palavra indispensável de verdade que liberta e abre o coração à esperança”.

Falando sobre os fiéis que dedicam-se à vida pública, o Papa assinalou que eles, junto aos bispos “devem prestar atenção aos projetos de leis civis que possam atentar à proteção do matrimônio entre homem e mulher, a proteção da vida desde a concepção até a morte, e a correta orientação da bioética na fidelidade aos documentos magisteriais”.

Papa Bento XVI e bispos franceses. Foto: Rádio Vaticano

“A liturgia é a celebração, o acontecimento central da história humana”

Em outro momento, o Santo Padre também exortou aos bispos franceses para que prestem uma especial atenção à liturgia: ” A liturgia é a celebração, o acontecimento central da história humana: o sacrifício redentor de Cristo. Mediante ela, da testemunho do amor com que Deus ama a humanidade, e de que a vida do homem tem um sentido, que está chamada a participar da vida gloriosa da Trindade. A humanidade tem necessidade desse testemunho. Tem necessidade de perceber, através das celebrações litúrgicas, a consciência que tem a Igreja do senhorio de Deus e da dignidade do homem”.

Neste sentido, continuou Bento XVI, o respeito às normas litúrgicas estabelecidas “expressa o amor e a fidelidade da Igreja; a beleza das cerimônias, muito mais que as inovações e os ajustes subjetivos, constitui uma obra duradoura e eficaz de evangelização”.

Finalmente, continuando com este tema, fez um convite aos prelados franceses: “Os animo a cultivar a arte de celebrar, ajudar a vossos sacerdotes nesse sentido, e a trabalhar sem cessar na formação litúrgica dos seminaristas e dos fiéis”. (EPC/GPE)

Com informações do VIS e Religión en Libertad.