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Arcebispo de Porto Alegre: Temos a solidez da fé, da esperança e da caridade, que nos firma na Igreja de Cristo

Porto Alegre (Quinta-Feira, 01/11/2012, Gaudium Press) Dom Dadeus Grings, arcebispo metropolitano de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, em seu mais recente artigo reflete sobre “A acolhida de Cristo” e afirma que após 20 séculos de comprovação, não podem pairar dúvidas: ou Jesus é o Messias, preconizado pelas Escrituras, como nos atestam os Evangelhos e a Tradição bimilenar e nos propõe o sábio Gamaliel, ou a esperança messiânica falhou e as profecias foram vãs.dadeus_grings_poa.jpg

De acordo com o prelado, muito mais do que um Messias à semelhança de Moisés, reconhecemos, em Jesus, o Filho de Deus, pois, de fato, se não tivesse esta condição, não poderia realizar o que está fazendo: perdoar pecados, tornar-se presente em todo tempo e lugar, pela Eucaristia e pelos Sacramentos, revelar-nos o Pai e enviar-nos o Espírito Santo.

“Todos os que creem nele e o aceitam como Senhor se sentem felizes. A fé nele salva. Somos felizes de ter um Deus como Ele nos revelou e como Ele é. Veio ao mundo e garante que tudo o que fez e disse é para que a sua alegria esteja em nós e nossa alegria seja completa. E assim é”, completa dom Dadeus.

O arcebispo explica ainda que o Talmud jogou, a partir do século IV, os judeus contra os cristãos, com um cunho nitidamente subversivo, mas é preciso reconhecer que esta obra não está na linha da Sagrada Escritura, que norteou os judeus do tempo pré-cristão. Pelo contrário, avalia o prelado, os cristãos, desde sua origem, vêm firmando sua fé no cumprimento das promessas feitas por Deus aos patriarcas, comunicada, confirmada e concretizada pelos profetas.

A título de exemplo, dom Dadeus lembra o trecho de 1 Crônicas 22,8-10, mostrando que o próprio Davi reconhece que derramou muito sangue e fez grandes guerras, e por isso Deus não quis que lhe edificasse um templo. “Seu filho, enquanto homem de paz, terá paz e edificará uma casa para Deus. Ele será para mim um filho e eu serei para ele um pai. Darei estabilidade ao trono de seu reinado para sempre”, garantiu-lhe o Senhor.

Para o arcebispo, em outras palavras, isso significa que o descendente de Davi, ao qual foi prometida estabilidade para sempre, não imitará Davi nas guerras e no derramamento de sangue, mas na busca da paz. Jeremias revela que Deus fará “brotar um rebento justo: Ele reinará de verdade e com sabedoria, por em prática no país a justiça e o direito” (Jer 23,5).

“Como é agradável e gratificante reconhecer que esta promessa foi cumprida em Jesus Cristo. Nele reconhecemos o cumprimento de todas as promessas e a realização da

esperança messiânica. Os cristãos, ao longo de dois milênios, o atestam. E mais ainda, a Igreja não só o anuncia, mas o torna presente e atuante em meio aos seus fiéis, através da pregação, da celebração e da vida comunitária. Não espera outro, nem põe sua confiança em alguém ou alguma força diversa dele. Ele é o único Salvador, prometido e acolhido com muita alegria”.

Para concluir, dom Dadeus afirma que os cristãos o atestam, os santos o testemunham com sua vida, os grandes convertidos o garantem com sua descoberta e a Igreja oficialmente lhes dá a chancela definitiva. Segundo ele, não vamos atrás, como advertia S. Paulo, de qualquer vento de doutrina, pois temos a solidez da fé, da esperança e da caridade, que nos firma na Igreja de Cristo.

“Respeitamos os que pensam de modo diferente e que procuram, em outros homens, em outras ideias e em outros sistemas, a solução de seus problemas e a salvação do mundo. Isto, porém, não nos priva da certeza de nossa descoberta e de nossa vivência cristã. Sabemos em quem acreditamos. Sentimo-nos plenamente realizados nesta e por esta fé em Jesus Cristo. Ele mesmo nos garante que nos comunica sua mensagem para que sua alegria esteja em nós e nossa alegria seja completa”, finaliza.(FB/JS)

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