Deus deve estar no centro da Nova Evangelização, afirma o Cardeal Cañizares
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 29-10-2012, Gaudium Press) Em coletiva de imprensa concedida na última semana, o Cardeal Antonio Cañizares, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, declarou que “o grande desafio do sínodo é fazer reviver a presença de Deus, a necessidade de Deus no homem e de maneira especial fazer com que a Igreja seja testemunha da presença de Deus”.
Para o purpurado, “Deus deve estar no centro da Nova Evangelização”, pois agora a situação é mais dramática do que nos tempos apostólicos, Naquele tempo a civilização tinha Deus, “hoje sofre-se a influência e consequência das revoluções do século XX que negavam a Deus”.
“O materialismo leva a viver como se Deus não existisse, e essa é a maior pobreza que pode existir”, afirmou citando a frase de Santa Teresa ‘Quem tem a Deus nada lhe falta’, ressaltando a grande indigência espiritual do mundo atual.
Por esse motivo, lembrou a mensagem do Santo Padre Bento XVI e de sua homilia na praça de São Pedro após ser eleito Papa: ‘Não tenho nenhum programa senão fazer a vontade de Deus’.
O Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos explicou que a visão humana diante da família, da dor, do mal, muda se termos presente alguns trechos das encíclicas de Bento XVI. A primeira delas “Deus Caritas Est” mostra o amor que Deus tem para cada um de nós, fazendo-se homem e apostando tudo para salvar os homens. Já a segunda encíclica “Spes Salvi” recorda a grande esperança que Deus tem no homem, que vale mais que todo o ouro e prata do mundo e que Cristo comprou com seu sangue.
Sobre a importância da liturgia, o Cardeal afirmou que “não há Nova Evangelização sem liturgia”, pois a Nova Evangelização é anunciar a Deus e isso sem liturgia é impossível, “porque o sujeito da liturgia é Deus, não o que fazem os homens”. É através dela que o homem pode entrar no sobrenatural.
A Eucaristia foi outro tema tratado na coletiva. Para o purpurado a Eucaristia é “a fonte e o cume da evangelização”, que contem todo o amor de Deus. “Não haverá Nova Evangelização senão nos centrarmos mais na eucaristia, se ela não estiver mais presente na vida dos sacerdotes”. Por isso “a Nova Evangelização terá por objetivo recuperar o sentido da missa dominical e a adoração eucarística”.
“Deus preparou este sínodo da Nova Evangelização com anos inteiramente eucarísticos”, afirmou citando uma sequencia de fatos iniciados no ano de 200 com João Paulo II, o Ano da Eucaristia, o documento Mane Nobiscum Domine, e tantos outros acontecimentos que ajudaram a aumentar o movimento de adoração eucarística.
Sobre a visita da delegação do Sínodo à Síria, o purpurado afirmou que não se trata de uma evangelização indireta. “isso é uma evangelização direta, um testemunho de evangelização direta, é assumir a identificação com Jesus Cristo que traz a paz e que se converte em sinal e chamada de paz e reconciliação, isso é evangelização”, concluiu. (EPC)
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