A Igreja para a nova evangelização deve tocar o coração, ser simples, hospitaleira, orante e alegre, diz bispo cambojano
Cardeal Bozanic |
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 15-10-2012, Gaudium Press) Hoje de manhã, durante as 26 intervenções na décima primeira congregação geral, a atenção foi dada às peregrinações como um método da nova evangelização, a família, ‘novas formas de martírio’.
O Cardeal Bozanic da Croácia, fez votos de que nos lugares cristãos seja partilhada “a dimensão do “homo religiosus” e do “homo ritualis” com a proposta cristã”. Falando sobre a santidade recente de muitos cristãos, o arcebispo de Zagábria colocou a atenção sobre “as novas formas de martírio” hoje no contexto de um mundo globalizado. Perguntou-se sobre a “nossa não-credibilidade” que “torna-se contra-testemunho para os outros”. Convidou a “um autêntico caminho de conversão” e à dimensão social da fé que “não pode nunca ser fechada somente na dimensão do privado”.
Cardeal Vegliò |
O Cardeal Vegliò, presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes salientou a necessidade de uma dimensão pastoral das peregrinações como “um campo favorável para a nova evangelização”. Convidou a cuidar da pastoral do acolhimento respondendo também às perguntas das pessoas, sem reducionismo da meta precisa.
Sobre a família, Dom Paglia, novo presidente do Pontifício Conselho para a Família, falou do problema da “deflagração da família”. Propôs uma “reflexão cultural” para entender a instabilidade da sociedade e convidou a própria Igreja a valorizar ainda mais as “inúmeras famílias cristãs que vivem, algumas vezes heroicamente, a fidelidade e o empenho matrimonial e familiar”.
Dom Eusebio Ramos Morales se opôs à concepção da família que é “colocada em discussão como modelo cristão”, e sobre “o mesmo plano de outras concepções que obedecem a interesses ideológicos ou privados de alguns grupos”. Chamou a atenção para “uma urgência missionária e pastoral”.
Dom Paglia |
Dom Jean-Baptiste Tiama, presidente da Conferência Episcopal de Mali, falou sobre a dificuldade na nova evangelização pela situação geopolítica caracterizada por uma difundida islamização do país. O testemunho da vida de uma Igreja que enfrenta cotidianamente a violência e ódio contra os cristãos como na época dos Atos dos Apóstolos, disse Mons. Oliver Schmitthaeusler, M.E.P., vigário apostólico de Phnom-Penh do Camboja. Chamou a atenção para o fato que a Igreja para a nova evangelização deveria ser aquela “que toca o coração”,simples, hospitaleira, orante e alegre.
Dom Eusebio Ramos Morales |
Hoje de manhã, de novo se voltou ao tema do imobilismo e da burocracia e do clericalismo, reafirmado pelo bispo francês, Dominique Rey. Convidou a uma conversão dos pastores, releitura aprofundada dos documentos conciliares, sugerindo “um novo estilo de vida pastoral”.
Um interessante pensamento de como é visto o cristianismo pelos muçulmanos, foi dado por Mons. Josph Absi, da Síria. “Os muçulmanos não conseguem a distinguir os cristãos dos ocidentais, porque para eles não há distinção alguma entre aquilo que é religioso e aquilo que é político e social. Aquilo que provém do Ocidente, para os muçulmanos, provém dos cristãos. Ora, o comportamento dos ocidentais, principalmente a nível cultural e político, em geral, prejudica a sensibilidade religiosa e nacional, os valores, a ética e a cultura dos muçulmanos. Representa portanto, um obstáculo à sua abertura em relação ao cristianismo e à sua eventual evangelização”, observou.(AA/JS)
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