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Ato solene marca início de restauração da catedral de Pelotas

Pelotas (Segunda-Feira, 15/10/2012, Gaudium Press) Na próxima quarta-feira, dia 17 de outubro, será realizado um ato solene para marcar o início das obras de restauração da Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula da Arquidiocese de Pelotas, no Estado do Rio Grande do Sul. Tanto o prédio quanto as obras de arte do templo sofreram com a ação do tempo, o que justifica o longo período de análise e captação de recursos para os trabalhos de restauro e recuperação do templo católico.

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De acordo com o pároco padre Luiz Boari e a comissão de restauro pelotense, o projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura – Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) – Lei Rouanet, em novembro de 2010, e consiste na recuperação da cobertura, restauração dos revestimentos internos (pinturas) e externo, recuperação do sistema de drenagem, projetos hidrossanitário, elétrico, de sonorização, luminotécnico e prevenção de incêndio. O ato de abertura das obras acontecerá às 10h, na Catedral Metropolitana de Pelotas.

Além do valor histórico e da beleza da edificação, que possui trinta diferentes tipos de mármores, imagens de madeira em estilo barroco, resplendores de metal precioso contendo algumas pedras valiosas, a catedral de Pelotas abriga a imagem de São Francisco de Paula, de origem artística desconhecida, tendo sido trazida da Colônia do Sacramento, além do maior acervo sacro do país de obras de arte assinadas pelo pintor italiano Aldo Locatelli. Ele foi responsável pela pintura dos afrescos na reforma conduzida pelo então 3º Bispo de Pelotas, D. Antônio Zattera, em 1948.

Catedral São Francisco de Paula

A história do mais importante edifício religioso de Pelotas pode ser dividida em, pelos menos, três fases. A primeira foi com a construção da capela em 1813, em estilo neo-renascentista. Em 1826, após ter sido destruída por um raio, foram iniciadas as obras de um novo templo. Em 1846, o Imperador D. Pedro II, lança, na Praça da Regeneração (hoje Cel. Pedro Osório), a pedra fundamental para a construção de uma nova catedral, no entorno da praça.

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Em meados do século XIX, a Catedral já apresentava a fachada atual, com seu pórtico e terraço, com seu jogo de ordens superpostas (dóricas no térreo, jônicas no primeiro pavimento e coríntias nas torres) com sua platibanda e pequeno frontão; com duas torres sineiras e com suas duas cúpulas características. Era ainda muito primitiva: nave única, tribunas laterais, altar-mor ao fundo e duas bases nas torres.

A Catedral só veio assumir sua configuração atual entre 1947 e 1948, quando foram construídas a cripta e a grandiosa cúpula (desenho do arquiteto Roberto Offer, de 1847), pelo arquiteto Victorino Zani. Para completar seu trabalho, vieram da Itália os artistas Aldo Locatelli e Emílio Sessa, que se encarregaram da decoração interna do

templo, a convite de Dom Antonio Zattera. Composição figurativa, estruturada sobre uma base geométrica, onde se pode sentir unidade, harmonia e equilíbrio.

O templo foi tombado pela Secretário de Cultura do Rio Grande do Sul.

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