Festa da Luz homenageia Nossa Senhora da Luz, padroeira da cidade e da arquidiocese de Curitiba
Curitiba (Terça-Feira, 04/09/2012, Gaudium Press) A partir do dia 6 até o dia 9 de setembro, em Curitiba, no Estado do Paraná, acontecerá a já tradicional Festa da Luz, que todos os anos marca o dia da padroeira da cidade e da arquidiocese, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Nesta quarta edição do evento, a arquidiocese de Curitiba e a prefeitura municipal da cidade planejam durante os quatro dias de festa uma intensa programação religiosa e cultural para toda a família, no Largo da Ordem, localizado no Centro da capital paranaense.
Mais de 20 mil pessoas são esperadas para esta edição do evento deste ano. A festa servirá ainda para oficializar a reinauguração da Catedral Basílica, que desde 2011 passa por uma restauração. Considerada uma das principais atrações turísticas e o mais importante monumento histórico de Curitiba, a Catedral começou a ser construída em 1876 e foi inaugurada em 1893, e nunca havia passado por uma grande reforma.
Segundo a coordenação do evento, o nome da festa decorre do fato da cidade de Curitiba ser dedicada a Nossa Senhora da Luz, também invocada sob o nome de Nossa Senhora da Candelária ou ainda Nossa Senhora da Purificação.
No primeiro dia das festividades, às 19hs, haverá um ato solene em frente à Catedral Metropolitana, marcando assim a reinauguração da igreja-mãe da arquidiocese com a dedicação do novo altar. No dia seguinte, 7 de setembro, das 14h às 22h30min, serão realizados shows de diversos gêneros musicais e apresentações folclóricas.
No dia da padroeira, 8 de setembro, a grande atração será a Procissão Luminosa (com velas), que sairá às 17h da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe em direção a Catedral Basílica.
A caminhada sinalizará a luz da igreja de Cristo entre as nações. Às 18h, toda a cidade é convidada a ascender a vela de Nossa Senhora da Luz, prestando uma homenagem à padroeira de Curitiba no seu grande dia. As velas poderão ser encontradas em todas as paróquias da Arquidiocese.
No último dia da festa, no domingo, dia 9 de setembro, as 10h, haverá Missa e Benção das Famílias, celebrada pelo arcebispo de Curitiba, Dom Moacyr José Vitti com a participação do padre Reginaldo Manzotti.
Além da programação religiosa, haverá a parte cultural. No Largo da Ordem será montada uma feira gastronômica e de artesanato.
História da Catedral Basílica será retratada em exposição
Durante as atividades da Festa da Luz será realizada ainda de 7 a 9 de setembro, na Praça do Memorial de Curitiba, a exposição “Catedral da Luz”, que retratará a história da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
A exposição será auto-explicativa e visa possibilitar ao público participante da festa um contato mais próximo com o processo histórico da cidade que se deu por meio da construção da Catedral.
A história da igreja será retratada em três momentos distintos: criação da primeira matriz em meados de 1720; processo de construção da atual matriz Catedral e elevação do título à basílica; período de restauro. Além da Catedral, será retratada também a história da Arquidiocese e da padroeira de Curitiba, Nossa Senhora da Luz.
História de Nossa Senhora da Luz
A cidade de Curitiba se iniciou em torno de uma capela, onde a Mãe da Luz era venerada pelos seus inúmeros milagres. Conta a história que na segunda metade do século XVII foi encontrada uma pequena povoação no sítio dos Pinhais, onde em 1659 seria fundada a Vila de Nossa Senhora da Luz, onde os penetradores do sertão ergueram uma ermida à Senhora da Luz. Com o passar do tempo notaram que a imagem da Virgem tinha sempre os olhos voltados para os campos aos quais os índios chamavam de Curitiba, Pinhais, em tupi-guarani.
Aquela região era habitada pelos indios de etnia caingangues. Tal foi a insistência da Virgem, que os sertanejos resolveram sondar a possibilidade da conquista do sítio. Armados como para uma guerra seguiram para a esplanada dominada pelos caingangues, prontos para o combate.
Em vez da luta, prevista como certa, o que ocorreu foi uma acolhida generosa e cordial por parte do indígenas. Os arcos foram jogados no chão em sinal de paz e a cuia de mate, símbolo da hospitalidade, foi oferecida ao chefe índio, rodando depois entre guerreiros brancos. (FB/JS)
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