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Católicos de Hong Kong, na China, rezam em apoio a bispo detido

Hong Kong (Quarta-feira, 18-07-2012, Gaudium Press) Os católicos de Hong Kong, na China, se manifestaram na última segunda-feira, 16, em apoio aos bispo auxiliar de Shangai, Dom Thadeus Ma Daqin, que se encontra detido em um seminário após renunciar a seus cargos oficialistas para exercer seu ministério em toda fidelidade à Santa Sé.

Ao todo, cerca de mil pessoas se reuniram para a celebração de uma Eucaristia pela liberdade religiosa no templo de Santa Margarida e cerca de 300 se deslocaram até o Escritório de Coordenação do Governo chinês, em frente do qual rezaram um Rosário e pediram o respeito do exercício livre do apostolado da Igreja.

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Centenas de católicos chineses rezaram en frente ao Escritório de Coordenação do Governo Chinês em Hong Kong

Patrick Moon, um dos convocantes e membro da Comissão Diocesana Justiça e Paz, afirmou em declarações difundidas pela UCA News, que a presença dos fiéis frente ao edifício governamental mostra o aumento da preocupação que os católicos sentem pela Igreja Católica na China. “O bispo Ma se converteu em exemplo vivo de como a Igreja é controlada pela Associação Patriótica”, afirmou. “Agora mais pessoas entendem de onde vem este problema”.

A corajosa declaração pública do bispo Ma Daqin – que ao final da cerimônia de ordenação episcopal renunciou aos postos que desempenhava na oficialista Associação Patriótica – contribuiu para esclarecer a confusa situação da Igreja na China.

Os católicos padecem da divisão entre quem está sob a regras da Associação, que pretende controlar as nomeações e a ação da Igreja como condição para seu trabalho “livre”, e o clero clandestino, obediente por completo à Santa Sé, que sofre restrições graves por viver sua fé. As autoridades se esforçam em deixar menos evidentes a diferença entre as duas comunidades.

Padre Franco Mella, sacerdote italiano que leciona na China há cerca de uma década, explicou as consequências que o gesto do prelado têm na Igreja local. “O bispo Ma é provavelmente o primeiro a dizer abertamente que deseja mais liberdade e isto definitivamente influirá sobre os cristãos na China para que expressem seus desejos com valentia”, disse.

Os presentes na Eucaristia, concelebrada pelo bispo emérito de Hong Kong, Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, e cerca de 20 sacerdotes, também rezaram pela Igreja da cidade de Harbin, onde um sacerdote foi ordenado bispo ilegalmente.

“Alguns irmãos na China se resignaram a ser escravos, enquanto outros se corromperam em não rechaçar as tentações”, explicou na homilia Cardeal Zen. “Muitas pessoas se perguntam porque o governo ateu intervem em assuntos da Igreja”.

O purpurado pediu também aos fiéis que implorem a Deus o fim desta situação irregular e dolorosa. “Rezemos por aqueles que caíram para que se levantem, pelos que têm duvida para que façam fortes e pelos fortes para perseverem até o final”, exortou Cardeal Zen. (/BD)

Com informações da UCA News.

 

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