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“O mandato de anunciar o Evangelho deve envolver toda a atividade da Igreja particular”, afirma o bispo de Osório

Osório (Sexta-Feira, 13-07-2012, Gaudium Press) No seu mais recente artigo, Dom Jaime Pedro Kohl, bispo da diocese de Osório, no Rio Grande do Sul, falou sobre o 3º Congresso Missionário Nacional, que teve início ontem, em Palmas (Tocantins), e vai até o dia 15 de julho. A previsão é de que cerca de 600 delegados representantes de todos os regionais e dioceses do País participem do encontro. A delegação do Regional Sul 3 da CNBB, que abrande o Estado do RS, é de 25 pessoas e entre leigos, religiosos e religiosas, seminaristas, padres e bispos.

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Dom Jaime Pedro Kohl
Bispo de Osório

O bispo relembra que o 1º Congresso Missionário Nacional foi realizado em Belo Horizonte, de 17 a 20 de julho de 2003, e o 2º em Aparecida, em 2007. E este terceiro congresso, promovido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e pelo Conselho Missionário Nacional (COMINA), tem como tema: “Discipulado Missionário: do Brasil para um mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II”, e como lema: “Como o Pai me enviou, assim eu vos envio”.

De acordo com o prelado, como o tema do congresso sugere voltam a ressoar as palavras da Evangelii Nuntiandi: “a ruptura entre o Evangelho e a cultura é sem dúvida o drama de nossa época” (EN 20). Por isso, segundo ele, é preciso “chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio de salvação” (EN 19).

A Igreja, explica Dom Jaime, se encontra hoje numa situação de diáspora diante da fragmentação e da multiculturalidade do mundo atual, e a hegemonia das tradições religiosas em determinados territórios deixou lugar ao pluralismo possível. “Neste contexto, a missão Ad Gentes amplia por inércia seu âmbito de ação.

No que diz respeito à importância do 3º Congresso Missionário Nacional, o bispo salienta que o evento quer ser um momento propício para refletir sobre a caminhada missionária no país, celebrar as graças recebidas, agradecer a criatividade e os sacrifícios das testemunhas da Fé.

Dom Jaime cita ainda uma exortação do Papa Bento XVI, que afirmou “o mandato de pregar o Evangelho não se esgota com a solicitude pela porção do Povo de Deus confiada aos cuidados pastorais, nem com o envio de qualquer sacerdote, leigo ou leiga fidei donum”. E segundo o bispo, o referido mandato deve envolver toda a atividade da Igreja particular, todos os seus setores, em suma todo o seu ser e operar.

“Isto exige que estilos de vida, planos pastorais e organização diocesana se adaptem, constantemente, a esta dimensão fundamental de ser Igreja, sobretudo num mundo como o nosso em continua transformação. E o mesmo vale para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica e também para os Movimentos eclesiais: todos os elementos que compõem o mosaico da Igreja devem sentir-se interpelados pelo mandato de pregar o Evangelho para que Cristo seja anunciado em toda a parte”, conclui o prelado. (FB/DA)

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