Monsenhor Roque é sagrado Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Visão geral da Catedral de São Sebastião durante a cerimônia de ordenação episcopal |
Rio de Janeiro (Quinta-feira, 28-06-2012, Gaudium Press) No sábado, 23 de junho, monsenhor Roque Costa Souza foi sagrado bispo titular de Castel Mediano e auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
O ordenante foi Dom Orani João Tempesta que também presidiu a Santa Missa celebrada às 8h30, na Catedral de São Sebastião, na Avenida Chile, no Rio de Janeiro. Como coordenantes participaram o Bispo Auxiliar Emérito do Rio de Janeiro, Dom Assis Lopes e o Bispo Diocesano de Nova Friburgo, Dom Edney Gouvêa Mattoso.
A cerimônia contou com a presença dos demais Bispos Auxiliares do Rio de Janeiro, vigários episcopais, sacerdotes, diáconos e seminaristas, além de autoridades civis e militares e grande número de fiéis.
Dom Roque: sétimo Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Dom Roque exercia o seu ministério como pároco na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, também era reitor do Seminário São José e capelão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Iniciando a cerimônia, Dom Orani saudou a todos os presentes e afirmou que aquele era um momento de festa e de fé e louvou a Deus pelo “sim” de Dom Roque e sua entrega à nova caminhada.
Monsenhor Manuel Vieira foi quem leu a bula de eleição e a mensagem escrita pelo Papa Bento XVI.
Na Homilia, Dom Orani destacou a missão Episcopal de levar a Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo aos fiéis. Ressaltou ainda o trabalho árduo que é realizado na Arquidiocese e agradeceu a generosidade do Santo Padre Bento XVI pela concessão de um Bispo Auxiliar para cada Vicariato arquidiocesano.
Pode parecer que pelo fato de termos sete bispos auxiliares, eles sejam muitos, disse ele. Não: “A Messe é grande e os operários são poucos” (Mt, 9, 35-10, 5a), lembrou o prelado.
– Louvamos a Deus pelo Monsenhor Roque que passa a servir a Igreja de Deus no Rio de Janeiro para levar adiante a missão de Jesus, do Cristo ressuscitado, como apostolo. Dom Roque passa a ser um daqueles que Ele escolheu para estar mais próximo e servir à Messe tão necessitada, afirmou.
Aspecto da cerimônia de Ordenação Episcopal de Dom Roque |
A Cerimônia
Terminada a Homilia, o Bispo eleito foi interrogado quanto à Fé e à sua futura missão, depois, enquanto o novo Bispo estava prostrado, a Igreja inteira cantou a Ladainha de Todos os Santos.
A cerimônia de sagração continuou com a imposição das mãos e a prece de ordenação. O Bispo consagrante, seguido de todos os bispos presentes, impôs as mãos sobre Dom Roque. O Livro dos Evangelhos também foi imposto, aberto, sobre a cabeça do novo bispo e foi feita uma oração.
Por fim, Dom Orani ungiu a cabeça do novo Bispo e entregou a ele o Livro dos Evangelhos, a mitra, e o báculo. O Arcebispo também colocou o anel no dedo anular da mão direita de Dom Roque, como símbolo da fidelidade à Igreja, esposa de Deus.
A data e o lema
Dom Roque escolheu como lema episcopal o versículo: “Como é bom, como é agradável os irmãos viverem juntos” (Sl 133,1). Com ele o novo Bispo deseja mostrar o modo como quer servir o Senhor, a Igreja, os fiéis.
“Quero estar e trabalhar em unidade e fraternidade juntamente com Dom Orani, os bispos auxiliares e meus irmãos sacerdotes. Continuarei a servir o povo de Deus com muita alegria”, disse com ênfase o novo Bispo.
A data escolhida para sua ordenação episcopal, véspera da Natividade de São João Batista, foi uma homenagem ao aniversariante do dia, Dom Orani, e um sinal de devoção ao Santo que nos ensina a apontar para o Cordeiro e nos dá uma lição de humildade quando afirma não ser o Messias e que é necessário que ele ‘diminua para que Cristo cresça’ (Jo 3,30),”
Imposição das mãos feira pelo Bispo Ordenante Dom Orani João Tempesta |
Brasão e cruz
O Brasão de Dom Roque tem o formato “em taça” é procura ser uma alusão à Eucaristia.
Dividido em X, o brasão possui o primeiro e o quarto quartéis em azul e os outros em vermelho; na divisão dos quartéis a cruz de Santo André, em prata (branco). Esta cruz também está no escudo de Dom Eugênio Sales que ordenou Dom Roque sacerdote e é uma homenagem ao Cardeal.
Os campos em azul (blau) acenam virtudes como justiça, bondade, inocência, piedade e outras correlatas, mas também, junto com cruz em branco (prata) lembram a bandeira da Cidade e do Estado do Rio de Janeiro, onde o novo bispo se formou e serviu como capelão da PM.
Na simbologia católica, branco e azul são sempre representativos de Maria Santíssima. Já o vermelho (gules) lembra a figura de São Sebastião, mártir, Padroeiro do Rio, e representa, heraldicamente, fortaleza, coragem e outras virtudes correlatas; sentidos mais enriquecidos na simbologia cristã que representa no vermelho o Espírito Santo, a chama da Caridade e o valor do martírio, testemunho que pode chegar ao derramamento do próprio sangue.
No Brasão estão quatro figuras. A de Maria, Estrela da Nova Evangelização; colocada em campo azul a nos lembrar nosso destino final e como a Rainha da Glória nos protege e nos espera.
Em dois outros campos as figuras lembram o trabalho do novo bispo na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro: o lirio que recorda o Seminário São José e as chaves que evocam a Irmandade de São Pedro dos Clérigos.
As chaves mostram também o desejo de Dom Roque de estar sempre em plena obediência ao Vigário de Cristo.
A última figura é uma concha de cor prata que homenageia o Papa Bento XVI que o escolheu para o episcopado.
A cruz processional é a de São Maurício em honra do Ordinariado Militar do Brasil.
Sob o escudo em fundo vermelho está a frase latina “Fratres in Unum”, em negro. A expressão é tirada do Salmo 132 – “Ecce quam bonum et quam iucundum habitare fratres in unum” (“Como é bom, como é agradável os irmãos viverem juntos”). Cisterciense.
O novo Bispo fala aos presentes
Após a cerimônia de sua ordenação episcopal, Dom Roque dirigiu-se aos presentes com palavras carregadas de Fé, de disposição plena para cumprir o chamado de Deus. Palavras cheias de reconhecimento e agradecimento que emocionaram e edificaram a todos.
Aqui está a integra do discurso do mais recente Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro:
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1Pd 4,10)
Dom Orani,
Queremos entoar louvores a Deus pelo dom da sua vida. Vida à disposição do Reino de Deus.
Homem da comunicação de Deus, conectado a tudo e a todos, disposto a fazer o impossível para atender às solicitações, incansável no trabalho, homem da cultura e da atualidade um grande missionário. Dentre tantos outros: CARIOCA
Parabéns! Deus lhe cubra de muitas graças para que continue o exercício do seu ministério episcopal no santo serviço à Igreja.
“Para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém” (1Pd 4, 11b)
Bendito e louvado seja Deus, nosso Pai, que em seu Filho Jesus Cristo nos chamou para na ação do Espírito Santo trabalhar na Messe.
Dom Roque recebe o báculo das mãos de Dom Orani |
Com Maria quero entoar os louvores a Deus, reconhecendo a sua grandeza diante do que eu sou chamado a realizar na Igreja.
Rogo a proteção da Virgem Mãe: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
Agradecimentos
O nosso agradecimento ao Santo Padre pela nomeação episcopal, a pedido do nosso pastor, Dom Orani, e, assim, compor o numero de bispos auxiliares necessários para o serviço de nossa arquidiocese.
(Na voz do Núncio Apostólico, Dom Giovanni D´Aniello, pude escutar as palavras de incentivo para acolher e aceitar esse chamado de Deus.)
Agradeço à comunidade beneditina pelo acolhimento na Casa de Emaús para realizar o retiro espiritual. As orações nutriram esses dias. Estar no mosteiro já proporciona esse recolhimento, mas, também, fui acompanhado por Mons. Elia Volpi para conduzir as meditações.
Dom Roque Costa Souza Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro |
Agradeço a Deus!
Pela minha família, obrigado mãe pelo seu SIM a minha vida.
– Agradeço à Deus pela minha família. Obrigado mãe, por dizer “sim” à minha vida. . O sim corajoso dessa mulher possibilitou eu estar aqui hoje, e ela também. Os médicos diziam que nós não resistiríamos, mas ela disse sim. E ela mais do que ninguém saberia dizer se era um filho ou não. Obrigado, mãe! Lembrou também do seu pai, já falecido, e de seus irmãos. Aos meus irmãos que me ensinaram como é bom os irmãos habitarem unidos. Enfim, agradeço a todos os meus familiares o amor que vivemos.
Pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, na pessoa do atual arcebispo e bispos auxiliares Dom Antonio Augusto, Dom Edson, Dom Luiz Henrique, Dom Nelson, Dom Paulo, Dom Pedro, com os eméritos: Dom Assis e Dom Romer, presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas e leigos.
Pelo Seminário São Jose, por todo período de minha formação como seminarista e como formador. Aos padres formadores, Seminaristas, Irmãs do Bom Conselho, Funcionários. Como é bom viver em comunidade!
Minha turma de ordenação, completamos 18 anos de sacerdócio.
A Dom Eugênio (que não pode estar presente) nosso carinho e orações.
Pelas paróquias e suas capelas por onde passei desde o período de formação: Santo Cristo dos Milagres, São Conrado, Nossa Senhora Aparecida (BATAN), Jesus Bom Pastor, São Francisco de Assis em Anchieta, São João Batista e Nossa Senhora das Graças (REALENGO), Santa Margarida Maria (Viegas), Maria Mãe da Igreja, Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. As capelas: Nossa Senhora dos Navegantes, São Mateus, São José, Santana e São Joaquim, Nossa Senhora de Fátima. A TODOS OS IRMÃOS E IRMÃS NA FÉ: muito obrigado!
Pela SAMAS – Associação dos Amigos da Antiga Sé que juntamente com o IPHAN, parceiros nas dificuldades com a conservação da Antiga Sé.
Pela Irmandade de São Pedro dos Clérigos, comunidade de irmãos que se preocupa com os irmãos sacerdotes.
Pela Casa do Padre, não é apenas um lugar e sim uma verdadeira comunidade sacerdotal
Pelo Cabido – apesar de pouco tempo de convivência, sentirei falta.
Equipes de Nossa Senhora
Congregação Mariana
Pelo Ordinariado Militar do Brasil
Arcebispo Dom Osvino e o bispo auxiliar Dom José Francisco pela presença nesta celebração
PMERJ com meus irmãos capelães e policiais que trabalham conosco. Nossa querida Irmandade Nossa Senhora das Dores – minhas amadas crianças do educandário.
Meus sinceros agradecimentos a Dom Eusébio que me indicou para realizar o concurso da PM.
Através da Policia Militar como capelão que pude exercer o ministério no pastoreio militar e fazer parte desta grande família militar do Ordinariado Militar
Agradecimento Geral pela presença
Agradecimento a todas as autoridades civis e militares
Dom Orani que foi o ordenante principal e todos os demais arcebispos e bispos ordenantes, entre os quais destaco Dom Assis, com o qual trabalhei no Seminário São José e Dom Edney Govêa Mattoso, bispo de Nova Friburgo, com o qual trabalhei no Vicariato Oeste
Mons. João Sales e Mons. Jorge Aziz agradeço por aceitarem representar o clero juntamente com Pe. Leandro, Pe. Marcelo e Pe. Renato
Todos os bispos de perto (Leste 1) e os de longe. (Colégio Episcopal)
Sacerdotes, Diáconos, Religiosos e Religiosas
Seminaristas e vocacionados
Família Imperial do Brasil
Comandante Geral, oficiais e praças com seus familiares
Agradecimento a todos que colaboraram com a realização desta celebração
Catedral, cura da Catedral Mons. Aroldo e todos os funcionários
Coordenação de Pastoral Mons. Joel, Dona Alice, Moioli, Gustavo, Luilson, Leonardo, Mirian, Raul Motta etc.
Todo corpo dos Cerimoniários
A Schola Cantorum, na pessoa do maestro Antonio Pedro.
Pe. Leandro Camara, Mons. Sérgio, Dc. Rodrigo Dias, Dc. Renan (brasão), Dc. Sidney (convite), Seminarista Douglas (cartaz), …e os que foram envolvidos em Roma e Portugal: Pe. Frederico, Pe. Macereau, Pe. Robson…
Livraria Editora Nossa Senhora da Paz
Enfim, a todos que, direta ou indiretamente, na oração e no trabalho se colaboraram para preparar esta cerimônia.
São José a vós nosso amor! Rogai por nossas vocações. Vós sóis para nós modelo de santidade.
O lema episcopal do novo Bispo é: “Como é bom, como é agradável os irmãos viverem juntos” (Sl 133,1) |
A Regra Pastoral do Papa São Gregório Magno tornou-se meu livro de cabeceira durante esses dias (e permanecerá sendo).
Até o inicio do retiro espiritual eram os preparativos para a ordenação. Compor o brasão episcopal, o texto de interpretação, o convite, o cartaz, as vestimentas.
O retiro permite mergulhar um pouco mais no mistério do serviço. Algumas palavras de São Gregório provocaram um discernimento sério sobre as responsabilidades dos bispos no ser e no agir, no pensar e no falar. A responsabilidade com as ovelhas do rebanho e, também, com as que se encontram fora e devem ser reconduzidas.
Pastor, Mestre e Sacerdote
O dever de ensinar, sobretudo, com o testemunho da própria vida. Ser coerente, cultivar a humildade, Palavra de Deus, oração.
A oração é a chave do discernimento. Não se descuidar da vida interior devido a muitas tarefas. E não se descuidar dos assuntos externos por causa do muito cuidado com a vida interior.
Amados irmãos e irmãs, estejamos unidos na oração. O Espirito Santo nos conduza sempre mais a perfeição no amor de Jesus. Roguemos ao Senhor da Messe que envie operários para o trabalho.
Muito obrigado a todos!
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