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Bispo de Santa Cruz do Sul fala sobre o sentido de um Santo Padroeiro

Santa Cruz do Sul (Terça-Feira, 26-06-2012, Gaudium Press) Em seu mais recente artigo, dom Canísio Klaus, bispo da diocese de Santa Cruz do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, falou sobre São João Batista, que é padroeiro da catedral, do seminário e da diocese e teve sua festa celebrada no último domingo.

Segundo o prelado, sempre que erigimos uma comunidade católica busca-se um santo para que possa ser venerado como “padroeiro”, e essa prática vem acompanhando a Igreja desde tempos remotos, quando se escolhia para padroeiro um mártir que havia testemunhado sua fé com o derramamento do sangue. “Era o período em que se entendia que o sangue dos mártires é semente de novos cristãos”, completou.

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São João Batista é o padroeiro da Catedral de Santa Cruz do Sul

Dom Canísio afirmou também que as comunidades eram identificadas pelo nome de seu padroeiro, e se tomava o cuidado de não ter mais de uma comunidade com o mesmo padroeiro na mesma região. Ressaltou o bispo que o santo padroeiro tem um triplo sentido: dá identidade, serve de exemplo a ser seguido e pode ser invocado como protetor.

Com relação à identidade, o prelado explicou que ela vai se construindo na medida em que se aprofunda a mística do padroeiro, pois ao escolher um padroeiro a comunidade está disposta a se espelhar neste santo para viver a sua fé. Para o bispo, João Batista foi alguém que se colocou a serviço de Deus, apontando para Cristo: “importa que Ele cresça e eu diminua” e “eu não mereço sequer desamarrar a correia das sandálias dele”.

“O exemplo de João Batista pode nos motivar a fazer tudo para que as pessoas se aproximem do Cordeiro de Deus através do nosso trabalho de servidores do Evangelho”, ressaltou.

Por fim, dom Canísio lembrou que João Batista pode ser invocado como protetor contra os males que afligem a humanidade neste início de milênio, pois em seu tempo ele denunciou os publicanos que extorquiam o povo com altas taxas de impostos e os soldados que levantavam falso testemunho ou abusavam da sua autoridade para oprimir o povo. Ele ainda denunciou as pessoas que acumulavam roupas e comidas em casa enquanto outras passavam frio e fome, além de ter repreendido Herodes que tomou a mulher de seu irmão e fez outras maldades.

“Podemos hoje invocá-lo como protetor das famílias, dos pobres, injustiçados e oprimidos”.
“Que São João Batista interceda junto de Deus por nossas comunidades, famílias, seminários e dioceses e que se testemunho nos motive a uma vida de consagração a Deus e aos irmãos”, concluiu. (FB/JS)

 

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