Secretário geral da CEE afirma que pesquisa científica nunca pode ser contrária à dignidade humana
Madri (Sexta-feira, 22-06-2012, Gaudium Press) Em coletiva de imprensa realizada hoje, logo após a Comissão Permanente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), o secretário geral da entidade, Dom Juan Antonio Martínez Camino, deu declarações a respeito da postura da Igreja em relação à investigação com células tronco para tratar a cura da ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), doença neurodegenerativa progressiva e fatal. O bispo afirmou que a Igreja não se opõe à pesquisa científica sempre e quando não se supor abuso da dignidade humana e direito à vida.
Dom Camino posicionou-se contrariamente às pesquisas com células-tronco embrionárias |
Neste sentido, Dom Camino elogiou a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (UE), no ano passado, de não permitir a patente dos procedimentos científicos destinados a obter células tronco que impliquem a destruiçao do embrião humano, inclusive se este se encontrar em fases precoceses de desenvolvimento, ou seja, as denominadas células tronco embrionárias. Segundo o prelado esta decisão mostrou que o Tribunal acredita que não se pode negociar com a vida humana.
O secretário geral da CEE destacou que “a vida humana é indivisível, vale tanto um doente, como um são, um ser humano de um dia, ou um de 99 anos. Se o dividimos, se dizemos que até os 14 dias se pode privar a vida de um ser humano, perdemos a base da convivência”. Para o prelado é inaceitável que se “destrua um ser humano de um dia, de dois ou de três”, seja qual for a finalidade, porque, segundo ele, os fins não justificam os meios, e o “fim de buscar tratamentos pode ser feito por caminhos adequados”.
O prelado citou a possibilidade de se fazer pesquisas com células tronco sem que haja a destruição de vidas humanas e salientou que ela nunca pode ser feita a custa da dignidade do ser humano e da ética.
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