“Graves problemas ecológicos exigem mudança efetiva de mentalidade”, diz arcebispo de Belo Horizonte
Belo Horizonte (Sexta-feira, 22-06-2012, Gaudium Press) Em seu mais recente artigo, intitulado “Pessoa e economia verde”, o arcebispo de Belo Horizonte, Minas Gerais, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, pondera sobre os problemas ecológicos que afligem o nosso planeta. Em poucas linhas, o prelado afirma que a superação destes obstáculos deve passar por uma nova mentalidade, que tenha a pessoa humana como sua guia.
“É uma convicção incontestável a importância de cuidar do verde e de se investir em ideias que gerem valor. Mais importante ainda é situar bem no centro dessas ideias a pessoa humana. Sem essa centralidade há sempre o risco de se obter avanços pouco significativos. Também será mais difícil atingir metas ousadas no contexto das urgências sociais e políticas desse tempo”, afirma inicialmente Dom Walmor
Segundo o arcebispo, os graves problemas ecológicos exigem uma mudança efetiva de mentalidade levando as pessoas a adotarem novos estilos de vida. “Se não houver uma evolução nesse caminho, não se avançará a passos largos em nenhuma das direções apontadas por ideias inteligentes”, diz o prelado, destacando que só a pessoa humana “detém a propriedade de buscar o verdadeiro, o belo e o bom, com a capacidade de gerar comunhão com o outro”.
Dom Walmor destaca a importância da tecnologia e da inovação e afirma que o lucro tem o seu o lugar próprio no mundo, contudo, segundo ele, é evidente que se a economia verde agir apenas de acordo com a lógica do lucro “não será possível alcançar os resultado que a realidade contemporânea está urgindo”.
Continuando na sua argumentação de que a pessoa humana deve ser o centro de todas as ações econômicas, sociais e políticas, Dom Walmor alerta para a necessidade se evitar “relativizações perigosas e altamente prejudiciais à vida, que deve ser respeitada em todas as suas etapas, da fecundação ao declínio com a morte natural”. Neste sentido, de acordo com o prelado, faz-se necessária uma antropologia “que impulsione o desabrochamento de uma autêntica espiritualidade”.
Com esta meta em vista, de acordo com o arcebispo de Belo Horizonte, deve-se ressaltar a importância de “compreender, admitir e viver a vida como dom, relacionando-se com a natureza, bem da criação para todos”. “A natureza deve ser tratada como poderoso recurso social que pode alavancar, equilibradamente, um desenvolvimento humano integral”, afirma.
Concluindo o seu artigo, Dom Walmor destaca que ” adverte bem o Santo Padre Bento XVI, na Encíclica Caritas in Veritate, quando diz que é urgente repensar nossa relação com a natureza, dada por Deus como ambiente de vida. Desejamos o exercício de um governo responsável para guardar a natureza, fazê-la frutificar e cultivá-la, com formas novas e tecnologias avançadas” diz.





Deixe seu comentário