Gaudium news > “As famílias necessitam resgatar o justo valor do trabalho, sem esquecer-se da festa dominical com o Senhor”, afirma arcebispo de Maringá.

“As famílias necessitam resgatar o justo valor do trabalho, sem esquecer-se da festa dominical com o Senhor”, afirma arcebispo de Maringá.

Maringá (Sexta-Feira, 08/06/2012, Gaudium Press) Com o título “Família, trabalho e a festa”, Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá (PR), cita em seu mais recente artigo o Encontro Mundial das Famílias, que terminou no último domingo, em Milão, na Itália, e que teve este tema como norteador de todas as reflexões. Ao analisar a temática ele afirma que a família não vive do vento; ela precisa trabalhar, e ao mesmo tempo precisa fazer festa; festa no sentido de encontro, de ter tempo para promover relacionamentos verdadeiros e reavivar os laços de família.

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Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá (PR) 
 

No entanto, ele enfatiza que o perigo de que o trabalho se torne um ídolo é válido também para as famílias. “Isso acontece quando a atividade do trabalho detém o primado absoluto perante as relações familiares, quando os cônjuges se sentem obcecados pelo lucro econômico e depositam a felicidade unicamente no bem-estar material”, sublinha.

De acordo com o prelado, o risco dos trabalhadores, em todas as épocas, é de se esquecerem de Deus, deixando-se absorver completamente pelas ocupações mundanas, na convicção de que nelas se encontra a satisfação de todos os seus desejos. “Infelizmente, a necessidade de sustentar a família, muitas vezes não proporciona aos cônjuges a possibilidade de escolher com sabedoria e harmonia.”

Dom Anuar cita ainda a passagem de gênesis 2, 2-3: “No sétimo dia, Deus concluiu toda obra que tinha feito; e no sétimo dia descansou de toda obra que fizera. Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nesse dia Deus repousou de toda a obra da criação”. E explica que, o sétimo dia é, para os cristãos, o “dia do Senhor”, porque celebra o Ressuscitado presente e vivo no seio da comunidade cristã, na família e na vida pessoal.

“O ser humano moderno perdeu o sentido verdadeiro da festa. É necessário recuperar o sentido da festa, e de modo particular do domingo, como um tempo para ser humano. Aliás, um tempo para a família. Não somos máquinas para produzir e ganhar dinheiro; somos gente que precisa ser gente, ser humano em relações com os outros e com Deus”, ressalta o arcebispo.

Ele insiste que mais do que nunca, hoje, as famílias necessitam descobrir a festa como lugar do encontro com Deus e da aproximação entre os membros da família, criando um ambiente de pessoas que se querem bem. Para o prelado, a mesa dominical deve ser diferente dos outros dias, não só pela comida, e sim pelo encontro familiar.

Por fim, o Arcebispo de Maringá que o dia do Senhor deve ser vivido como um tempo para Deus, espaço de comunhão e fraternidade na família e na comunidade, sem esquecer-se do amor aos pobres. E segundo ele, para experimentar a presença do Senhor ressuscitado, a família é exortada, aos domingos em especial, a deixar-se iluminar pela Eucaristia.

“No domingo, a família encontra o sentido e a razão da semana que se inicia. Hoje, mais do que nunca, as famílias necessitam resgatar o justo valor do trabalho, sem esquecer-se da festa dominical com o Senhor, e com os irmãos. Nada adianta ganhar o mundo inteiro se vier perder a sua alma. Que Deus abençoe as nossas famílias”, conclui. (FB/JS)

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