Um milhão de pessoas na Missa de Bento XVI, no Encontro Mundial das Famílias
O VII Encontro Mundial das Famílias foi concluído com uma Celebração Eucarística presidida pelo Papa no aeroporto de Bresso |
Milão (Segunda-feira, 04-06-2012, Gaudium Press) Na Missa, auge do VII Encontro Mundial das Famílias, Bento XVI ao falar sobre a criação afirmou que é ” missão do homem e da mulher colaborar com Deus para transformar o mundo, através do trabalho, da ciência e da técnica”.
A celebração Eucarística presidida pelo Santo Padre no aeroporto de Bresso, nas proximidades de Milão, concluiu o VII Encontro Mundial das Famílias que teve como tema “Família: trabalho e festa”. O Pontífice participou do encontro de sexta-feira à tarde encontrando os cidadãos, os crismandos, as autoridades civis, rezando com os sacerdotes e as religiosas, e por fim dialogando com as famílias.
A atmosfera do Encontro teve momentos de sentimentos de solidariedade com as populações atingidas pelo terremoto na Emília Romagna. O Papa deu sua própria contribuição, oferecendo 500 mil euros das ofertas recolhidas nestes dias do Encontro para as vítimas do terremoto da diocese de Mântua.
Um milhão de fiéis estiveram presentes na Missa |
A Igreja Católica celebrava, na ocasião, o domingo da Santíssima Trindade. Referindo-se ao tema do Encontro, o Papa afirmou que a família é convidada a viver a própria realidade no “modelo trinitário” e a encontrar “um equilíbrio harmônico entre família, trabalho e festa”. Falou também sobre a responsabilidade do homem em relação ao mundo.
Bento XVI advertiu contra “uma concepção utilitarista do trabalho”, da ciência e da técnica que é contrária ao projeto de Deus. “Não é a lógica unilateral do que me é útil e do maior lucro – continuou – que pode concorrer para um desenvolvimento harmonioso, para o bem da família e para construir uma sociedade justa, porque traz consigo uma competição exasperada, fortes desigualdades, degradação do meio ambiente, corrida ao consumo, mal-estar nas famílias. Antes, a mentalidade utilitarista tende a estender-se também às relações interpessoais e familiares, reduzindo-as a convergências precárias de interesses individuais e minando a solidez do tecido social”.
Sobre o tema da festa, o Santo Padre convidou a não perder “o sentido do dia de repouso do Senhor” como deveria ser vivido o domingo; o “vulto humano” no “harmonizar os tempos de trabalho e as exigências da família, a profissão e a maternidade, o trabalho e a festa”.
O Santo Padre dirigiu-se também às famílias encorajando-as na própria missão educativa na sociedade e na fé.
“A vida familiar – observou – é a primeira e insubstituível escola das virtudes sociais, tais como o respeito pelas pessoas, a gratuidade, a confiança, a responsabilidade, a solidariedade, a cooperação.
“A vida familiar é a primeira e insubstituível escola das virtudes sociais”, observou Bento XVI |
Queridos esposos, cuidai dos vossos filhos e, num mundo dominado pela técnica, transmiti-lhes com serenidade e confiança as razões para viver, a força da fé desvendando-lhes metas altas e servindo-lhes de apoio na fragilidade. Mas também vós, filhos, sabei manter sempre uma relação de profundo afeto e solícito cuidado com os vossos pais, e as relações entre irmãos e irmãs sejam também oportunidade para crescer no amor”.
Não faltaram também palavras de apoio aos casais separados e divorciados. “Sabei que o Papa e a Igreja vos apoiam na vossa fadiga. Encorajo-vos a permanecer unidos às vossas comunidades, enquanto almejo que as dioceses assumam adequadas iniciativas de acolhimento e proximidade”, assegurou.
Na Missa, como estava previsto, esteve presente um milhão de pessoas.
O Santo Padre celebrou no altar montado para a ocasião, coberto por uma grande construção que lembrava uma catedral gótica. A chegada das pessoas com dificuldades de locomoção foi garantida pela Unitalsi, organização italiana dos voluntários que prestam serviço aos doentes.(AA/JS)
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