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Trabalhadores que passam mais tempo com a família rendem mais

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Miriam Filella ressaltou que o desempenho de quem trabalha em casa é significativamente melhor

Milão (Quinta-feira, 31-05-2012, Gaudium Press) Conciliar o trabalho e a família. Este é uma situação que mais chama a atenção da sociedade mundial nos dias de hoje. E como solucionar este problema? Foi o que a especialista em Recursos Humanos, Miriam Filella, a executiva Nuria Chinchilla, o empresário Enzo Rossi e o banqueiro José Iglesias Soares, debateram em uma das sessões do Congresso Teológico que faz parte do Encontro Mundial das Famílias, sediado em Milão, na Itália.

Segundo Nuria Chinchilla, “com frequência os dirigentes não entendem as necessidades e a realidade da família. Eis o valor de uma pesquisa que possa fazer um diagnóstico da situação da empresa que pode assim mover-se em base de dados científicos”.

A diretora do International Center for Work and Family e do IESE Business School explica ainda que “levantamos que onde as empresas favorecem a conciliação família-trabalho os funcionários são mais produtivos e há um envolvimento na vida empresarial em 300%. Um comportamento ético e humano dentro da empresa tem repercussões positivas”.

Miriam Filella, diretora de Recursos Humanos, contou a sua experiência que a levou a envolver os dirigentes no estudo de novas políticas familiares orientando-os “sobre os resultados e não sobre a presença do funcionário no local de trabalho”.

Ela lembra que foi promovida 15 dias antes de dar à luz a sua segunda filha, e que a “a empresa colocou em ato iniciativas concretas para a conciliação família-trabalho: de consultas médicas no local de trabalho, ao take away, à redução do horário nos primeiros meses de vida dos filhos sem redução do salário, permissões pagas para levar as crianças ao médico ou à escola”.

Já o empresário Enzo Rossi, tentou viver um mês com o salário médio dos operários italianos. “No dia 20 do mês, o dinheiro já tinha acabado e decidimos, eu e minha esposa, aumentar o salário de todos os funcionários em 200 euros líquidos”.

O banqueiro José Iglesias Soares coloca em foco a responsabilidade social do indivíduo e das empresas, mas também dos governos: “Família e empresas sustentam os Estados com suas contribuições fiscais, portanto as despesas dos Governos devem ser controladas, com o fim de obter políticas familiares e assistenciais que assegurem o equilíbrio entre vida e trabalho”. (LB)

 

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