Bispos norte-americanos levarão o Departamento de Sáude e Serviços Humanos aos tribunais
Nova York (Quinta-feira, 24-05-2012, Gaudium Press) A decisão do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do Governo dos Estados Unidos de exigir que todos os empregadores paguem os contraceptivos e a esterelização de seus empregados continua gerando atritos entre a Igreja Católica do país. Dessa vez, a Conferência Episcopal norte-americana informou que 43 dioceses e organizações religiosas estadounidenses estão processando o órgão governamental.
A demanda da Igreja norte-americana é encabeçada pelo presidente da Conferência Episcopal do país, e arcebispo de Nova York, Dom Timothy Dolan, e conta com a participação de importantes arquidioceses, como a de Washington; universidades de prestígio como Notre Dame; hospitais e grupos de assitência como o Catholic Charities. “Não é uma batalha pela qual pedimos, mas a combateremos até o fim”, declarou o Dom Timothy.
Dom Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York |
A justificativa dos bispos norte-americanos para a denúncia do Departamento de Saúde e Serviços Humanos aos tribunais é a de que, segundo eles, o governo ignora as objeções de consciência dos fiéis e quer impor seu ponto e vista, ao decidir quais são as organizações com um caráter suficientemente religioso para não ter o dever de seguir a nova normativa governamental.
Diante desta questão, a presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais e ex-embaixadora dos Estados Unidos, docente na Universidade de Harvard, Mary Ann Glendon, declarou que “o objetivo do governo não é a saúde das mulheres, mas encaixar as organizações religiosas em uma agenda política, obrigando-as a facilitar e financiar serviços que violam seu credo”.
As mudanças no “mandato contraceptivo” – por parte de decreto do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, obrigando instituições católicas a proporcionar cobrimento de contracepção em seus planos de saúde, – foram anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Barach Obama, no início do mês de fevereiro deste ano.
Na ocasião, os bispos norte-americanos, responderam imediatamente, pedindo a rescisão deste decreto. Pressionado pelo descontentamento da Igreja, o presidente voltou atrás, e propôs um compromisso com os católicos, no qual assegurava que caberia às seguradoras de saúde o pagamento dos contraceptivos. O mandatário deixou também aberta uma porta para o não cumprimento da lei até o dia 19 de junho, com o objetivo de outras eventuais correções fossem discutidas. (BD/JS)
Com informações do Vatican Insider.
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