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Arquidiocese do Rio de Janeiro recolhe subsídios para abrir processo de beatificação da Princesa Isabel

Rio de Janeiro (Terça-feira, 15-05-2012, Gaudium Press) A Arquidiocese do Rio de Janeiro começou a estudar cerca de 80 mil documentos, com o objetivo de recolher subsídios que permitam a abertura do processo de beatificação da Princesa Isabel. A análise dos escritos ficará a cargo do Professor Hermes Rodrigues Nery, da Diocese de Taubaté e coordendor do ” Movimento Legislação e Vida. Ele foi o propositor do pedido de abertura do processo de beatificação junto ao arcebispo Dom Orani João Tempesta, em outubro do ano passado.

Professor Nery ficará encarregado de traçar um primeiro perfil biográfico da piedosa e caridosa vida da princesa. Para isso, ele já passou a semana de de 7 a 13 de maio em Petrópolis, aprofundando os estudos da vasta documentação do Arquivo Histórico do Museu Imperial. Os resultados não poderiam ser melhores, isto porque, segundo o professor, os primeiros documentos pesquisados confirmam os sinais de santidade da princesa, responsável pela assinatura do documento que aboliu a escravidão no Brasil em 1888.

Em entrevista reproduzida pela Rádio Vaticano, professor Nery informa que cartas, diários e apontamentos feitos pela Princisa Isabel “dão uma dimensão exata de sua fé católica solidíssima e de como viveu de modo exemplar a coerência dos princípios e valores do Evangelho, tanto na vida pessoal quanto pública”.

Conforme o coordenador do Movimento Legislação e Vida, pela análise destes documentos, percebe-se com clareza como as atitudes tomadas pela Princesa deixaram “a melhor impressão de sua vida virtuosos em todos os que conviveram com ela, tendo o respeito, inclusive de seus adversários”.

Professor Nery mostra que em textos escritos por intelectuais e autoridades da época há a confirmação de “suas inúmeras qualidades e virtudes”, não obstante o “patrulhamento ideológico e a conspiração que sofreu”.

Segundo o escritor, estes mesmos textos comprovam ainda como a “firme adesão à fé” foi um dos elementos que fizeram tantos temerem a princesa durante os período em que foi regente do Brasil. “Há relatos também do povo, de pessoas que conheceram a princesa e receberam dela acolhida e apoio, e gestos concretos de quem soube exercer com elevada consciência a caridade cristã”, acrescentou o professor.

“Houve na Princesa Isabel uma grande sintonia com a doutrina moral e social da Igreja, tão bem expressa pelo Papa Leão XIII, com quem ela se correspondia, e como São João Bosco, com quem ela se encontrou pessoalmente em Milão, em 1880, um dos sinais evidentes de sua santidade foi como suas ações estiveram tão de acordo com o que a Igreja expõe em seu Magistério, e como as consequências destas ações foram tão benéficas para toda a sociedade”, relatou por fim o professor Nery. (BD)

 

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