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Atentados anticristãos na Nigéria e no Quênia são execrados pela Santa Sé

Abuja (Quarta-feira, 02-05-2012, Gaudium Press) No último domingo de abril, 29, dois ataques terroristas deixaram pelo menos 21 vítimas fatais e dezenas de feridos na Nigéria e no Quênia.

Esses ataques comandados por anticristãos foram condenados pela comunidade internacional.

O Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado Vaticano, manifestou sua preocupação diante dessa “intolerância crescente”.

A Universidade de Bayero, em Kano, no norte da Nigéria, foi o alvo do atentado mais mortífero. Durante uma celebração dominical com numerosos estudantes, três terroristas em motocicletas lançaram bombas de fabricação caseira, e logo após, dispararam contra fiéis cristãos que fugiam, matando pelo menos 20 pessoas. A autoria ainda não foi reinvidicada, mas as suspeitas apontam para o grupo islamita Boko Haram autor de vários atentados ao norte do país.

Nairóbi foi o palco do outro ataque. Uma granada foi lançada contra uma igreja da capital queniana durante uma celebração que reunia multidão de cristãos, matando pelo menos seis pessoas e deixando um número indeterminado de feridos. Apesar de ninguém reclamar a autoria do ataque, ele é atribuído pela polícia à milícia islamita somali al-Shebab, grupo ligado ao al-Qaeda.

A embaixada dos EUA havia alertado sobre o risco eminente de atentados na capital queniana dois dias antes.

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, declarou que ambos ataques são “são fatos horríveis e execráveis, que devem ser condenados com a máxima decisão”. Além disso, o sacerdote afirmou que é necessário “estar próximos das vítimas e das comunidades que sofrem com esta odiosa violência, que se abate sobre eles justamente enquanto celebram pacificamente uma fé que anuncia amor e paz para todos”. Não obstante, “É preciso continuar a encorajar toda a população, para além das diferenças religiosas, a não ceder à tentação de cair no círculo sem saída do ódio homicida”.

Segundo o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas Nigerianas, Marechal Oluseyi Petinrin, desde 2009, quando o Boko Haram (cujo nome significa “a educação não islâmica é um pecado”) iniciou sua campanha violenta, a seita somou mais de 1.200 vítimas fatais, a maior parte em atentados cometidos no norte da Nigéria. (EPC)

Com informações da Rádio Vaticano

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