Capital mexicana transformou-se em cidade homicida
Cidade do México (Segunda-feira, 30-04-2012, Gaudium Press) O semanário “Desde la Fé”, pertencente a Arquidiocese da Cidade do México publicou um artigo onde classifica a capital mexicana como a “Cidade da Desesperança” e classificou a lei do aborto como “injusta e que nunca poderá ser motivo de comemoração com datas nefastas que deveriam estremecer a nossa consciência”.
O editorial afirma que “o direito de uma mulher em cuidar de si mesma e decidir sobre seu próprio desenvolvimento, não deve ser confundido nunca, com a decisão arbitrária de atentar contra outra vida humana em seu estado mais vulnerável e frágil, como o de uma criança no ventre de sua mãe”.
O texto prossegue apontando que “o aborto, tal como se pratica no Distrito Federal, tem se convertido na principal escola de deseorientação aos jovens e no principal motivo de irresponsabilidade no exercício de sua sexualidade. Não é uma casualidade que nestes últimos anos, tenha disparado o número de jovens que ficam grávidas, com a total falta de respeito à vida”.
O semanário recordou que “alguns defensores dos direitos humanos guardam um cúmplice silêncio diante do genocídio que se está praticando no Distrito Federal”.
Segundo a publicação pertencente a Arquidiocese Mexicana, a Igreja Católica na Cidade do México se pergunta se “é um direito humano matar um ser humano indefeso. Infelizmente, entre aqueles que aspiram por algum cargo político na capital mexicana, se encontram aqueles que aprovaram estas leis injustas e desumanas na Assembleia Legislativa do Distrito Federal”.
O editorial afirma que “não podemos nos acostumar à violência dos crimes, devemos trabalhar como sociedade para recuperar a segurança, não somente combatendo e reprimindo os delinquentes, mas, sobretudo, recuperando os valores éticos que orientam a sociedade. Isto começa quando somos capazes de questionar leis que atentam contra a vida humana e contra sua dignidade incontestável. O testemunho do verdadeiro fiel, está por cima destas leis: é o testemunho de quem ama e respeita a vida humana como primeiro passo de humanidade”.
No seminário também se destacou que “diante da inoperância, e muitas vezes da cumplicidade das políticas locais, as Forças Armadas tem saído às ruas para aplicar um pouco de segurança aos cidadãos contra os narcotraficantes e os sequestradores. Por isso o repúdio contra estes crimes é unânime. Este problema mostra algo muito mais grave e muito mais profundo: tem se perdido o respeito pela vida humana e a sua dignidade”. (LB/JS)
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